- Fartcoin sobe enquanto o preço do Bitcoin e todo o mercado cripto desaba.
- Única criptomoeda em alta no top 100 hoje.
- Fartcoin resiste ao caos global e atrai investidores.
Enquanto o mercado financeiro global mergulha em pânico e incerteza e o preço do Bitcoin derrete, uma criptomoeda surpreende o mundo: a Fartcoin. Nesta segunda-feira, 7 de abril de 2025, em um cenário de colapso quase total dos ativos de risco, a Fartcoin é a única entre as 100 maiores criptomoedas que registra alta expressiva nas últimas 24 horas, com valorização de +1,6%, cotada a US$ 0,4663.
O contraste é brutal. O Bitcoin (BTC), maior e mais conhecida criptomoeda do mundo, caiu mais de 8% nas últimas horas, sendo negociado a apenas US$ 76 mil ou R$ 450.086,44, segundo dados da manhã. Desde o topo recente, a criptomoeda já recuou 30%, e analistas agora alertam que a correção pode levar o BTC a US$ 70 mil ou até menos.
A queda do Bitcoin arrastou todas as altcoins junto. Ethereum (ETH) desceu para US$ 1.700, Solana (SOL) recuou a US$ 107 e Avalanche (AVAX) despencou até US$ 16. O colapso nos preços atinge ainda tokens como Litecoin, Movement e Sonic, com quedas de até -19%.
A única exceção nesse mar vermelho é a Fartcoin.
Preço do Bitcoin derrete e Fartcoin sobe
Com volume de negociação de US$ 265,8 milhões nas últimas 24 horas, a Fartcoin mantém uma capitalização de mercado de US$ 466 milhões, praticamente igual à sua avaliação totalmente diluída. Seu fornecimento circulante chega a impressionantes 999.992.868 unidades, praticamente todo o suprimento máximo de 1 bilhão de tokens.
O gráfico de 24h da Fartcoin mostra força e consistência. Enquanto as demais criptos afundavam entre a noite de ontem e a madrugada de hoje, a Fartcoin oscilou com estabilidade e, por volta das 5h30 da manhã, rompeu a resistência de US$ 0,48, antes de recuar levemente para o valor atual de US$ 0,4663.
A crise internacional agrava o cenário. O CEO da Boost Research, André Franco, apontou que os mercados futuros dos EUA desabam: o S&P 500 E-mini cai 4,3%, Dow Jones recua 4%, e o Nasdaq 100 já perdeu 4,6%. Ações, metais preciosos e até mesmo o ouro acumulam perdas severas.

Na Ásia, circuit breakers foram acionados após quedas impressionantes nas bolsas: Japão (-10%), Hong Kong (-8,7%) e China (-5,5%). A causa principal: novas tarifas de Donald Trump, que reacendem o medo de uma guerra comercial global e colocam a economia mundial à beira da recessão.
Neste ambiente caótico, o índice de medo e ganância do mercado tradicional caiu para 4/100, seu menor patamar desde a pandemia. No mundo cripto, o índice está em 23/100, também refletindo sentimento extremo de baixa.
O Índice de Medo e Ganância dos mercados tradicionais despencou para níveis extremos. De acordo com os dados mais recentes, o indicador, que avalia o sentimento do mercado com base em uma combinação de fatores, marcou apenas 4 em 100 — um dos pontos mais baixos já registrados.
Mercado em pânico
“Nem mesmo durante a pandemia de COVID ou o colapso da FTX o índice caiu tanto”, destacou o analista Atlas, especialista em criptomoedas.
Por outro lado, o universo cripto mostra mais resiliência. O Índice de Medo e Ganância das Criptomoedas, registrado em 7 de abril, marcou 23 pontos, o que ainda representa um sentimento negativo, mas menos extremo do que o dos mercados tradicionais.
Apesar do clima generalizado de aversão ao risco, alguns especialistas acreditam que este pode ser um bom momento para entrar no mercado. Há quem defenda a ideia de “comprar na baixa”, seja em ações ou criptoativos.
Assim, um desses especialistas é Charles Edwards, fundador da Capriole Investments, um fundo quantitativo focado em Bitcoin e ativos digitais. Em publicação recente na rede X, ele ponderou que ainda existe um risco elevado, especialmente para quem aposta em uma retomada rápida do BTC.
“Na semana passada, o Bitcoin teve desempenho sólido, mas acabou cedendo no fim de semana”, comentou Edwards. Segundo ele, se não houver novidades positivas, será difícil o ativo resistir à atual pressão vinda dos mercados de risco.
No entanto, ele também fez uma observação otimista: “Existe uma força relativa importante que não podemos ignorar. Se o fundo realmente estiver próximo, o Bitcoin pode se recuperar com intensidade quando isso acontecer.”