- Alta da liquidez global favorece novo rali no preço do Bitcoin.
- Região de US$ 85.800 pode trazer forte volatilidade.
- BTC pode romper US$ 90 mil até o fim de abril.
O Bitcoin voltou a animar os investidores nesta terça-feira (15), sendo negociado acima de US$ 85.500, após registrar uma recuperação de quase 7% na semana anterior. Segundo o analista técnico Manish Chhetri, o cenário macroeconômico e os sinais gráficos apontam para uma possível alta significativa nas próximas semanas.
“O aumento da oferta monetária global (M2) representa um combustível potente para ativos como ouro e Bitcoin”, afirmou Chhetri. “Esse movimento já impulsionou o BTC em ciclos anteriores, e estamos vendo sinais claros de que o padrão pode se repetir.”
De acordo com dados do MacroMicro revelam que o M2, que representa a oferta monetária dos principais bancos centrais do mundo (EUA, Europa, Japão e China), atingiu US$ 90,21 trilhões em fevereiro. A alta acompanha tendências semelhantes às vistas em 2020 e outubro de 2024, quando o Bitcoin saltou de US$ 10 mil para US$ 69 mil. Agora, o ouro já renovou sua máxima histórica, chegando a US$ 3.245, e analistas acreditam que o BTC pode seguir o mesmo caminho.
Chhetri também destacou um estudo de correlação conduzido por outro especialista do setor, conhecido como Colin, que identificou uma defasagem de 107 dias entre o crescimento do M2 e a valorização do Bitcoin. Com base nessa análise, o analista crava:
“Se o padrão se mantiver, poderemos ver um estouro no preço do Bitcoin por volta de 30 de abril.”
Análise preço do Bitcoin

Assim, apesar do otimismo, Chhetri faz um alerta: a região de US$ 85.800 concentra grande liquidez, segundo dados da Coinglass, e pode gerar forte volatilidade no curto prazo. “Essa faixa está repleta de ordens de stop e limite. Se o preço tocar esse ponto, podemos ver movimentos abruptos.”
Além disso, do ponto de vista técnico, o BTC superou uma linha de tendência descendente e fechou acima de US$ 84.500 na segunda-feira, rompendo resistências importantes. O índice de força relativa (RSI) está em 53, apontando para cima, e o indicador MACD mostra um cruzamento de alta, sinalizando continuação do movimento positivo.
Caso o Bitcoin encerre o dia acima de US$ 85.000, o analista projeta uma subida até a resistência psicológica de US$ 90.000. Em seguida, o preço poderia testar a máxima de US$ 95.000 registrada em março. No entanto, ele ressalta que US$ 96.000 pode ser um ponto crítico, pois representa o “Trader Realized Price”.
“Se o BTC não conseguir fechar acima de US$ 85 mil, o risco é de uma nova correção até US$ 78.258”, concluiu Chhetri.
Com a liquidez global em expansão e os sinais técnicos favoráveis, abril pode marcar um novo capítulo de valorização para o Bitcoin.