- Preço do Bitcoin estabiliza perto de US$ 83.500 após rejeições na média de 200 dias
- China sinaliza abertura para negociações com Trump e anima mercados
- Venda de grandes investidores cai, enquanto mineradores aumentam saídas
O Bitcoin (BTC) estabilizou em torno de US$ 83.500 (R$ 491 mil) nesta quarta-feira (16), após enfrentar sucessivas rejeições na média móvel exponencial de 200 dias, situada em US$ 85.000 (R$ 499 mil). Para o analista técnico Manish Chhetri, a superação dessa barreira pode ser o gatilho para uma nova alta significativa.
“Se o Bitcoin fechar acima de US$ 85 mil no gráfico diário, poderemos ver o preço buscar os US$ 90 mil e até o topo de US$ 95 mil registrado em março”, afirmou Chhetri.
O analista ainda destacou que o índice de força relativa (RSI) permanece neutro, sinalizando indecisão no mercado, mas com potencial de retomada caso supere a marca de 50 pontos.
De acordo com a Bloomberg, a China indicou disposição para retomar negociações comerciais com o governo Trump, contanto que haja uma moderação nos comentários da Casa Branca. A notícia provocou uma alta de 100 pontos nos futuros do S&P 500, impulsionando o apetite por ativos de risco.
“O alívio na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo tende a favorecer ativos como o Bitcoin, especialmente no curto prazo”, avaliou Chhetri.
Preço do Bitcoin: mineradores vendem mais
O relatório semanal da CryptoQuant revelou uma redução nas vendas por grandes investidores, que vêm realizando perdas desde o fim de fevereiro. Por outro lado, os mineradores aumentaram suas saídas. Assim, respondendo à queda da rentabilidade com o preço abaixo de US$ 80 mil (R$ 471 mil) e ao aumento da dificuldade da rede.
Somente no dia 7 de abril, mineradores transferiram 15 mil BTCs, terceiro maior volume diário do ano. A margem média de operação do setor caiu de 53% para 33% nos últimos três meses.
A Semler Scientific, empresa de tecnologia médica, anunciou que vai captar US$ 500 milhões (R$ 2,94 bilhões) em uma oferta pública para ampliar sua posição em Bitcoin. Atualmente, a companhia já detém 3.192 BTCs em caixa.
“Chegamos a um acordo e estou empolgado para comprar mais Bitcoin!”, escreveu o presidente Eric Semler na rede X.
Apesar das pressões no curto prazo, Chhetri acredita que o movimento institucional continua sendo um fator de sustentação no longo prazo.