O Bitcoin (BTC) mantém sua trajetória de alta e já supera a marca dos US$ 102.000 nesta sexta-feira. O rali de mais de 7% na semana tem apoio de dados macroeconômicos dos EUA e da expectativa do mercado com a posse de Donald Trump. O analista Manish Chhetri avalia que esse movimento pode levar a criptomoeda a testar seu recorde histórico de US$ 108.353.
Chhetri aponta que o mercado reagiu positivamente à aproximação da posse presidencial. Segundo relatório da K33 Research, “vender Bitcoin na inauguração se torna cada vez menos atraente à medida que nos aproximamos da data”. A comparação com o comportamento do S&P 500 em 2016 reforça essa tendência, já que a política econômica da nova administração pode favorecer ativos de risco.
“Durante o primeiro mandato de Trump, ele destacou os índices de mercado para mostrar crescimento econômico, com políticas de corte de impostos e desregulamentação. Esperamos que esse fator retorne em seu segundo governo”, afirma Chhetri.
Dados econômicos impulsionam o Bitcoin
Indicadores divulgados nos EUA também contribuíram para o otimismo. O Índice de Preços ao Produtor (PPI) subiu apenas 0,2% em dezembro, abaixo das expectativas. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI), por sua vez, confirmou uma inflação de 2,9% ao ano, reduzindo a pressão sobre novas altas de juros pelo Federal Reserve.
“Os números reforçam um cenário de menor aperto monetário, o que favorece ativos como o Bitcoin”, explica o analista.
Os dados da Coinglass mostram que os ETFs de Bitcoin registraram um fluxo líquido de US$ 887,3 milhões até quinta-feira, indicando retomada do interesse institucional. Além disso, segundo o Santiment, o número de carteiras com pelo menos 10 BTC voltou a crescer, sinalizando que grandes investidores estão acumulando o ativo.
“Estamos vendo um padrão clássico: investidores menores realizando lucros enquanto as ‘baleias’ absorvem essas vendas. Isso sugere um movimento saudável de alta”, destaca Chhetri.
A análise técnica também sustenta essa perspectiva. O Índice de Força Relativa (RSI) está em 61, acima da neutralidade, enquanto o MACD registrou um cruzamento de alta na quarta-feira, reforçando o viés positivo.
Se a tendência continuar, o BTC pode retestar o recorde de US$ 108.353, registrado em dezembro de 2024. “Se o mercado mantiver esse momentum, novos máximos podem ser alcançados”, conclui Chhetri. No entanto, ele alerta que caso haja uma reversão, o suporte imediato está em US$ 100 mil, seguido por US$ 90 mil.
