- Lucro recorde do Bitcoin acende alerta de correção iminente
- Índice de Ganância mostra otimismo controlado entre investidores
- ETFs impulsionam demanda institucional e sustentam tendência de alta
A recente escalada do Bitcoin trouxe um dado que preocupa os analistas: quase toda a oferta da criptomoeda está em lucro. Esse patamar histórico de valorização pode sinalizar que uma correção de curto prazo está perto, repetindo padrões vistos em ciclos de alta anteriores.
Segundo o analista Ted Pillows, cerca de 99,3% de todo o fornecimento de Bitcoin está lucrativo, com o preço negociado próximo de US$ 121.900. Ele aponta que, sempre que a lucratividade fica acima de 99%, o preço recua entre 3% e 10% nas semanas seguintes.
O movimento acontece enquanto traders realizam lucros após meses de ganhos. Pillows acredita que o mercado está repetindo sinais clássicos de exaustão de curto prazo, sugerindo uma pausa temporária antes de uma retomada mais forte da tendência de alta.
Confiança em alta, mas risco crescendo
Confirmam a relação entre preço e lucratividade, quase todos os detentores voltaram ao azul, reforçando a confiança dos investidores. Ainda assim, a velocidade da alta eleva o risco de um superaquecimento do mercado.
O Índice de Medo e Ganância está em 63 pontos, indicando otimismo moderado. O analista Darkfost avaliou que o Bitcoin se aproxima de uma nova máxima, mas ainda sem sinais de euforia. “O mercado está otimista, mas contido“, afirmou.
Esse equilíbrio pode permitir mais ganhos antes de uma possível realização. Historicamente, os grandes topos acontecem quando o índice ultrapassa 80 pontos, caracterizando ganância extrema. Com o sentimento ainda abaixo desse nível, há espaço para novos avanços sem o risco imediato de uma reversão brusca.
ETFs e bancos reforçam o otimismo
O Standard Chartered projeta o Bitcoin chegando a até US$ 200.000, impulsionado por fortes entradas em ETFs à vista. Só em 2025, esses fundos registraram US$ 3,2 bilhões em novas aplicações, refletindo o apetite institucional.
O Citigroup estima que o BTC pode fechar o ano em US$ 133.000, um ganho de quase 9%. O banco destaca o papel dos títulos tokenizados e das alocações institucionais como fatores de sustentação.
Enquanto isso, o JPMorgan aponta que o Bitcoin continua subvalorizado em relação ao ouro, com a volatilidade relativa caindo para 1,85. Esse dado reforça a ideia de que o ativo amadurece como reserva de valor.
Apesar do alerta de curto prazo, o consenso entre analistas é de que o mercado segue em trajetória positiva. Uma leve correção seria saudável após meses de valorização intensa, que poderia abrir espaço para novas máximas históricas ainda em 2025.