A Tuttle Capital Management lançou, em 3 de janeiro, seis propostas de fundos negociados em bolsa (ETFs) relacionados ao Bitcoin perante a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), apostando tanto em suas desvantagens quanto em suas vantagens.
Essas propostas incluem três ETFs que apostam na queda do ETF de Bitcoin proposto pelo gigante emissor BlackRock, além de outros três que visam lucrar com seu aumento de preço. Com alavancagem de futuros de até 150%, 175% e 200% respectivamente, oferecem oportunidades para investidores que buscam se beneficiar tanto de declínios quanto de altas no preço do ativo.
Os ETFs “inversos” ou “shorts” têm como objetivo gerar lucros quando o ETF de Bitcoin da BlackRock cair, enquanto os “longos” visam lucrar com o aumento do preço do ativo. No entanto, esses produtos são considerados mais arriscados do que suas alternativas não alavancadas, pois amplificam os retornos do ativo subjacente, o que aumenta o potencial de perdas ou ganhos dependendo da movimentação do mercado.
ETF de Bitcoin
Esses fundos estão vinculados ao preço do ETF de Bitcoin proposto pela BlackRock, embora as propostas apresentadas à SEC indiquem a possibilidade de alterar o ativo de referência no futuro.
Matthew Tuttle, CEO da Tuttle Capital Management, compartilhou sua reação nas redes sociais, respondendo com um meme irônico sobre a situação.
A Tuttle Capital Management, detentora de sete ETFs no mercado, valorizados em US$ 96 milhões sob gestão, é conhecida por ser pioneira nos EUA ao oferecer um ETF que aposta na desvantagem de outro, melhorando a gestão de risco dos investidores.
Embora ainda não tenha revelado os códigos de mercado desses ETFs, a Tuttle espera lançá-los em 18 de março de 2024, sujeito à aprovação da SEC para o ETF de Bitcoin da BlackRock.
A SEC tem até 10 de janeiro para decidir sobre a autorização dos ETFs relacionados ao Bitcoin, uma possibilidade que tem impulsionado a recente alta da criptomoeda, atingindo US$ 46 mil no início de janeiro de 2024, o maior valor desde abril de 2022. Esta movimentação reflete a expectativa dos investidores em potencialmente entrar no mercado por meio desses ETFs, caso sejam aprovados.