- Strategy reforça aposta e compra mais US$ 45 milhões em Bitcoin
 - Michael Saylor mantém foco em longo prazo e acumulação agressiva
 - Empresas globais seguem ampliando tesourarias com Bitcoin mesmo em queda
 
A Strategy, empresa de investimentos em Bitcoin liderada por Michael Saylor, reforçou sua posição na principal criptomoeda do mundo. A companhia anunciou a compra de 397 BTC, desembolsando cerca de US$ 45,6 milhões. A aquisição ocorreu entre 27 de outubro e 2 de novembro, a um preço médio de US$ 114.771 por unidade.
Com essa nova compra, a Strategy agora detém 641.205 bitcoins, avaliados em aproximadamente US$ 69 bilhões. O preço médio de aquisição é de US$ 74.057 por Bitcoin, totalizando US$ 47,5 bilhões em investimentos valor que inclui taxas e despesas. Além disso, a empresa acumula um lucro não realizado de cerca de US$ 21,5 bilhões, consolidando-se como a maior detentora corporativa de BTC do planeta.
Empresa mantém estratégia agressiva de acumulação
A compra recente foi financiada com recursos obtidos pela venda de ações no mercado, reforçando o modelo de alavancagem controlada que a Strategy vem adotando. Porém, a companhia emitiu ações ordinárias Classe A (MSTR) e ações preferenciais perpétuas de quatro tipos: Strike (STRK), Strife (STRF) e Stride (STRD).
Na semana anterior, a empresa havia vendido 183.501 ações MSTR, levantando cerca de US$ 54,4 milhões. Em 2 de novembro, US$ 15,85 bilhões em ações MSTR ainda estavam disponíveis para emissão e venda. A venda de ações STRK gerou US$ 4,4 milhões, enquanto restam US$ 20,34 bilhões disponíveis. Porém, já as ações STRF renderam US$ 8,4 milhões, e as STRD, US$ 2,3 milhões, segundo o relatório divulgado.
A postura mostra que Michael Saylor continua confiante na tese de longo prazo do Bitcoin, mesmo após a recente queda do ativo no mercado. Além disso, o executivo vem defendendo publicamente que o Bitcoin é o único ativo capaz de preservar valor em um cenário global de inflação e incerteza.
Cresce a corrida corporativa pelo Bitcoin
Hoje, 192 empresas de capital aberto adotam algum tipo de modelo de aquisição ou tesouraria em Bitcoin. Entre as mais conhecidas estão a Marathon Digital (MARA), a Twenty One, apoiada pela Tether, e a japonesa Metaplanet.
Na América Latina, a OranjeBTC lidera esse movimento. A empresa anunciou recentemente a recompra de 99,6 mil ações ordinárias e a suspensão temporária das compras de BTC por estar em período de restrição (blackout) até a divulgação de seus resultados trimestrais, marcada para 14 de novembro.
Ainda mais, a decisão da Strategy reafirma o poder de atração do Bitcoin entre empresas com tesourarias bilionárias. Mesmo com oscilações recentes no preço, o movimento mostra que o interesse institucional segue em alta, especialmente entre companhias que veem o BTC como reserva de valor estratégica para o futuro financeiro global.
