A Tether, empresa responsável pela emissão da stablecoin USDT, colaborou com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) e o Federal Bureau of Investigation (FBI) em uma operação para apreender ativos provenientes de um esquema fraudulento de suporte ao cliente.
Conforme comunicado do DOJ, o Ministério Público dos EUA em Chicago confiscou US$ 1,4 milhão em USDT de uma carteira de moeda virtual não hospedada. No comunicado, o DOJ destacou a colaboração da Tether na transferência desses fundos.
Em comunicado divulgado na terça-feira (12), a Tether afirmou que o governo devolverá os recursos às vítimas da fraude. Além disso, a empresa ressaltou o seu apoio voluntário ao DOJ e FBI como parte de seus esforços contínuos contra o uso de criptomoedas em práticas fraudulentas.
Tether ajuda autoridades a recuperar criptoativos roubados
O esquema fraudulento começou por meio de um pop-up em computadores, orientando as vítimas a entrar em contato com o suporte da Microsoft ou da Apple por meio de um número de telefone falso. Posteriormente, as vítimas foram convencidas pelos golpistas, que se passavam por funcionários de suporte técnico, a converter sua moeda fiduciária em criptomoedas para supostamente protegê-la contra hackers, alegando que suas contas bancárias estavam comprometidas.
Os criminosos, então, enviaram os fundos desviados para carteiras de moeda virtual não hospedadas sob seu controle. De acordo com a Tether, o esquema prejudicou principalmente idosos em todo os Estados Unidos, conforme detalhado pelo DOJ.
As autoridades rastrearam os fundos roubados até as cinco carteiras mencionadas e solicitou um mandado de apreensão. O FBI, por meio de análise do blockchain, identificou endereços intermediários que receberam fundos da Crypto.com. Posteriormente, obtiveram informações da conta do usuário da Crypto.com legalmente e entrevistaram a vítima em questão.
Somente em fevereiro, golpistas roubaram cerca de US$ 47 milhões em criptomoedas por meio de golpes de phishing. Os golpes afetaram aproximadamente 57 mil vítimas, conforme relatório da empresa de segurança Web3, Scam Sniffer. A maioria das vítimas chegou aos sites de phishing por meio de comentários falsos em contas do Twitter.