A stablecoin USDC da Circle está enfrentando grandes saídas após o colapso do Banco do Vale do Silício. A perda de 23% de participação de mercado em menos de um mês é um grande golpe para a empresa.
O Silicon Valley Bank (SVB) era um parceiro bancário da Circle, e seu colapso levou a grandes saídas da stablecoin USDC. Desde 10 de março, as saídas líquidas da stablecoin USDC ultrapassaram mais de US$ 10 bilhões e o valor de mercado do USDC caiu mais de 23%, de mais de US$ 44 bilhões para US$ 33 bilhões no último mês.
No entanto, o USDC ainda é a segunda maior stablecoin no espaço criptográfico, com US$ 33 bilhões, apoiado por títulos do governo de curto prazo e reservas de caixa em vários bancos dos EUA.
Stablecoins
As incertezas no setor bancário e o crescente escrutínio regulatório têm sido um teste real para o setor de stablecoins. A ação regulatória da SEC contra a Paxos Standard também forçou uma queda da stablecoin BUSD da Binance este mês.
Enquanto isso, o USDT, ampliou seu domínio no mercado, atingindo os níveis mais altos em 22 meses desde maio de 2021. Com o valor de mercado do Tether USDT atualmente em cerca de US$ 80 bilhões, a stablecoin é a mais utilizada para liquidar negociações nas corretoras e tem reservas superiores a US$ 1,6 bilhão, segundo o CTO Paolo Ardoino.
A queda do USDC contribuiu para o aumento do domínio do Tether, que agora detém mais de 60% de participação no mercado de stablecoin avaliado em US$ 132 bilhões. Analisando a situação, o CEO da Circle, Jeremy Allaire, tuitou:
“Ironicamente, os players que tiveram a posição mais forte com a regulamentação dos EUA e a integração do sistema bancário dos EUA são considerados ‘inseguros’, com medo de que os ativos possam ficar presos, e histórias de riscos financeiros negligentes e controles de integridade”.
