- Bitcoin tem histórico positivo em outubro, com média de +21,8% em 12 anos.
- Oferta de stablecoins atinge recorde de US$ 297 bilhões, ampliando liquidez.
- Probabilidade de corte de juros pelo Fed chega a 89,3%, favorecendo ativos de risco.
O mercado cripto entra em outubro sob forte expectativa de alta.
Dez indicadores técnicos, on-chain e macroeconômicos sugerem que o mês pode repetir o apelido de “Uptober”, período historicamente favorável ao Bitcoin e altcoins.
Outubro e o histórico positivo do Bitcoin
Nos últimos 12 anos, o Bitcoin fechou outubro em alta em 10 ocasiões, com retorno médio de 21,89%, segundo dados da Coinglass. Esse padrão reforça a confiança de investidores em uma possível retomada.
Além disso, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) decidirá neste mês sobre diversos ETFs de altcoins, incluindo Solana (SOL), XRP, Dogecoin (DOGE) e Cardano (ADA). Para Nate Geraci, especialista em ETFs:
“as próximas semanas serão decisivas para a aprovação de fundos cripto”.
Uma decisão favorável pode atrair grande volume de capital institucional.
Outro ponto relevante é o aumento da liquidez. A capitalização das stablecoins alcançou quase US$ 297 bilhões, de acordo com a DefiLlama. Esse movimento indica maior potencial de entrada de recursos no mercado.
Sentimento, macro e dados on-chain fortalecem cenário
O interesse do público geral por cripto está em baixa, refletindo menor atenção do varejo. Esse cenário, conhecido como fading retail hype, historicamente é visto como sinal de alta futura, já que indica que investidores impulsivos ainda não entraram no mercado.
No campo macroeconômico, a expectativa de novos cortes de juros pelo Federal Reserve fortalece os ativos de risco. O CME FedWatch aponta 89,3% de chance de redução já em outubro. Juros menores reduzem a atratividade de títulos e ampliam a busca por alternativas como Bitcoin e altcoins.
Além disso, Raoul Pal destacou que o Bitcoin costuma seguir a oferta global de dinheiro (M2) com atraso de 12 semanas. Após o US Treasury recompor reservas, a correlação pode retornar, trazendo mais liquidez para o mercado cripto.
Do lado técnico, indicadores como o RSI (Índice de Força Relativa) mostram condições semelhantes às observadas em fundos anteriores, sugerindo que o BTC pode ganhar fôlego. Entre altcoins, formações gráficas como o padrão “cup and handle” reforçam a tese de alta.
Nos dados on-chain, os fluxos de Bitcoin para exchanges atingiram mínima do ciclo, mostrando que holders estão mantendo suas posições. Segundo o analista Darkfost:
“quanto menor o volume enviado para corretoras, menor a pressão de venda sobre o mercado”.
Além disso, a atividade de venda de investidores de longo prazo diminuiu, evidenciada por métricas como Coin Days Destroyed (CDD) e Spent Output Profit Ratio (SOPR).
Por fim, o MVRV Ratio recuou para a zona neutra, indicando que o mercado não está em euforia nem em pânico, condição que historicamente antecede fases de forte expansão.
Perspectivas para o mês
Se os dez sinais se confirmarem, outubro pode, portanto, consolidar-se como um ponto de virada para o mercado cripto em 2025. Além disso, é importante considerar que riscos regulatórios e choques macroeconômicos ainda permanecem no radar.
O cenário atual, entretanto, indica que a confiança dos investidores está em alta. Além disso, a liquidez aumentou e os fundamentos técnicos e históricos convergem, o que sugere um possível rali no quarto trimestre. Por isso, muitos analistas veem outubro como um mês decisivo para o mercado cripto.