USDT ‘compra’ os EUA: Tether detém mais papéis do Tesouro Americano do que a Alemanha

Por Luciano Rodrigues
Foto: Dall-e 3

A Tether, maior emissora de stablecoins do mundo, agora detém mais papéis do Tesouro Americano do que a Alemanha, destacando sua crescente influência nos ativos digitais. Conforme o último relatório da empresa, a Tether obteve um lucro de US$ 4,52 bilhões no primeiro trimestre de 2024.

Até 31 de março, seus dados financeiros mostravam que a empresa possuía US$ 91 bilhões em títulos do Tesouro dos EUA, além de US$ 5,4 bilhões em Bitcoin. Com isso, a Tether se torna a 19ª maior detentora de títulos do Tesouro Americano, posicionada entre a Coreia do Sul e a Alemanha.

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A paisagem global dos títulos do Tesouro está em constante mudança. A China, por exemplo, reduziu suas participações de US$ 869 bilhões para US$ 767 bilhões no último ano. O Japão, maior detentor com cerca de US$ 1,2 trilhão, também pode vender devido à desvalorização do iene. Essas mudanças ressaltam o crescente impacto da Tether e de outras stablecoins no cenário financeiro global.

O ex-presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Paul Ryan, destacou a necessidade de regulamentação das stablecoins em um vídeo compartilhado na plataforma X. Ryan enfatizou a importância da regulamentação devido ao aumento da demanda por títulos do Tesouro e à presença mais forte do dólar americano no mercado de ativos digitais.

USDT

À medida que as participações em títulos do Tesouro pelas stablecoins crescem, seu potencial para apoiar o dólar americano também aumenta.

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As grandes participações da Tether em títulos do Tesouro sublinham seu papel no suporte à força digital do dólar americano. A estratégia da Tether reflete uma tendência onde os ativos digitais estão se tornando essenciais para as finanças tradicionais. Seus investimentos em títulos do Tesouro dos EUA não apenas estabilizam seus tokens digitais, mas também aumentam a demanda pela dívida governamental dos EUA.

A importância das stablecoins como a Tether é clara no panorama financeiro global. Ao respaldar seus tokens com ativos estáveis como os títulos do Tesouro dos EUA, as stablecoins atraem investidores e usuários no espaço digital. Essa estabilidade constrói confiança e incentiva a adoção de moedas digitais.

O apelo de Paul Ryan por regulamentação destaca a necessidade de um quadro sólido para gerenciar a influência das stablecoins. Uma regulamentação adequada pode garantir que as stablecoins operem de maneira transparente e segura, protegendo investidores e mantendo a estabilidade financeira. À medida que as stablecoins se integram às finanças tradicionais, a supervisão é essencial para prevenir riscos e abusos.

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Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.
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