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Volume das stablecoins caiu apesar da recuperação do mercado cripto

Por Luciano Rodrigues
Foto: Unsplash

As stablecoins, ativos digitais projetados para manter um valor estável, têm sido consideradas como potencial elo de ligação entre o mundo das criptomoedas e o setor financeiro tradicional. Entretanto, acontecimentos recentes trouxeram incertezas à sua estabilidade.

Em meio à preocupação global sobre o impacto das criptomoedas no sistema financeiro estabelecido, uma reviravolta inesperada ocorreu: o estresse no setor bancário dos EUA se reverberou pelo mercado de stablecoin.

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Segundo a Fitch Ratings, o aperto nas condições financeiras, que culminou na falência de vários bancos, incluindo o renomado Silicon Valley Bank, provocou impacto significativo nas stablecoins.

A capitalização de mercado da USD Coin (USDC), uma stablecoin lastreada ao dólar americano na proporção de 1:1, teve uma queda acentuada de mais de 25% no primeiro trimestre, conforme relato da Fitch Ratings. Apesar da depreciação, a moeda conseguiu recuperar-se rapidamente.

Dados do The Block apontam que a oferta total de stablecoins caiu de US$ 138 bilhões no início do ano para US$ 124 bilhões em 3 de julho, em meio à turbulência.

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Stablecoin

“Volatilidade significativa, confiança abalada dos investidores e uma desvinculação temporária, mas acentuada, ocorreram no mercado de stablecoin em março, com as ondas de choque se espalhando das finanças tradicionais”, escreveu a Fitch.

Contrastando com o USDC, o Tether, outra stablecoin proeminente, registrou aumento de 12% em sua capitalização de mercado no mesmo período. Destaca-se que o Tether capturou cerca de 72% do volume de resgate do USDC, indicando uma preferência crescente por ele entre os investidores.

Apesar da performance positiva do Tether, as 10 principais stablecoins registraram declínio na média mensal de volumes diários de negociação. De março a maio de 2023, esses volumes de negociação caíram de US$ 53 bilhões para US$ 28 bilhões, indicando uma diminuição na atividade no mercado de stablecoin, possivelmente impulsionada pelo sentimento cauteloso dos investidores diante das incertezas do mercado.

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A Fitch aponta que os esforços para regular as stablecoins estão ocorrendo em ritmos diferentes nos Estados Unidos e na Europa, gerando disparidades notáveis nos padrões de relatórios e transparência desses ativos digitais.

As abordagens distintas adotadas pelas duas regiões resultaram em cenários regulatórios diferentes para as stablecoins, trazendo impactos diretos em suas práticas de relatórios e transparência.

 

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Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.
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