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Worldcoin é multada em US$ 830 mil por violações de privacidade na Coreia do Sul

Por Clara Ventura
Foto: Dall-e 3

O projeto Worldcoin e sua empresa de desenvolvimento, Tools For Humanity, foram multados em 1,1 bilhão de won (cerca de US$ 830 mil) pela Comissão de Proteção de Informações Pessoais (PIPC) da Coreia do Sul. A penalidade se aplicou devido a supostas violações relacionadas à coleta e transferência de dados pessoais, especificamente informações biométricas.

De acordo com a PIPC, a fundação Worldcoin não informou adequadamente os participantes sobre o objetivo da coleta e o período de retenção dos dados de íris escaneados. Além disso, antes de 22 de março deste ano, o projeto não oferecia um formulário de consentimento traduzido para o coreano. Isso viola as leis locais de proteção de dados.

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A multa de 725 milhões de won (aproximadamente US$ 545 mil) à Worldcoin Foundation se deu pela manipulação inadequada de informações sensíveis e pela transferência desses dados para o exterior sem as devidas notificações. A Tools For Humanity, por sua vez, recebeu uma multa de 379 milhões de won (cerca de US$ 285 mil) por falhar no cumprimento das exigências de transferência internacional de dados pessoais.

Worldcoin e Tools For Humanity recebem multas na Coreia do Sul

Os reguladores também apontaram que nem a fundação nem a Tools For Humanity informaram os participantes sobre o destino final dos dados coletados, como o país de destino e os contatos do responsável pelo processamento dessas informações, por exemplo. Além disso, não havia um mecanismo adequado para os indivíduos solicitarem a exclusão de seus dados de íris. Até abril deste ano, a empresa também não verificava corretamente a idade dos participantes menores de 14 anos.

Apesar das sanções, a PIPC não proibiu a coleta de dados sensíveis pela Worldcoin. Contudo, as empresas precisam corrigir as falhas. A investigação sobre o projeto no país teve início em fevereiro deste ano.

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Worldcoin é um projeto da Tools For Humanity, empresa cofundada por Sam Altman, CEO da OpenAI, e Blania. O projeto visa criar uma identificação digital, o “World ID”, para usuários que escaneiam suas íris em um dispositivo chamado Orb.

A ideia é proteger os indivíduos de possíveis impactos negativos da inteligência artificial. Em troca, os participantes recebem a criptomoeda WLD. Atualmente, o projeto já tem mais de 6,7 milhões de IDs verificadas em mais de 160 países.

Mesmo diante da penalidade, a Tools For Humanity declarou que “acolhe” a decisão dos reguladores sul-coreanos. Em comunicado oficial, a empresa afirmou que já corrigiu os problemas identificados pelo PIPC. Agora, as operações do projeto, incluindo o uso do Orb para verificação de “humanidade”, estão em conformidade com as leis de proteção de dados da Coreia do Sul.

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Clara Ventura é uma jornalista com quatro anos de experiência em cobertura de Bitcoin, criptomoedas, tecnologia blockchain e Web3. Graduada em Jornalismo e com pós-graduação em Jornalismo Digital, Clara combina sua paixão pelo mundo das criptomoedas com habilidades jornalísticas para produzir reportagens relevantes para um público amplo e diversificado.
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