- Altcoins ganham força enquanto Bitcoin perde domínio no mercado
- Ethereum lidera tokenização e stablecoins impulsionam nova fase cripto
- Coinbase e Pantera projetam forte entrada de investidores de varejo
Os mercados de criptomoedas vivem um momento de forte dinamismo, com analistas indicando que uma nova fase já está em andamento. A Pantera Capital destaca que o Bitcoin iniciou o ciclo, mas que o protagonismo deve migrar para outros ativos digitais.
Nesse cenário, a Coinbase projeta um crescimento expressivo das altcoins já no próximo trimestre, reforçando a expectativa de uma temporada de ganhos mais diversificada. Especialistas veem esse movimento como parte natural do amadurecimento do mercado.
Altcoins assumem protagonismo no mercado
De acordo com a Pantera, a chamada “Fase 2” do mercado em alta ocorre quando tokens alternativos começam a crescer de forma mais intensa. O histórico mostra que, embora a força desse movimento venha diminuindo em cada ciclo, ainda existe espaço para retornos significativos.
Nos ciclos anteriores, as altcoins foram responsáveis por 66% do crescimento total entre 2015 e 2018 e 55% entre 2018 e 2021. Agora, no ciclo atual, já representam 35% da valorização do mercado, número que tende a aumentar caso o movimento se intensifique nos próximos meses.
Enquanto isso, a Coinbase destacou que o domínio do Bitcoin caiu de 65% em maio para menos de 58% em agosto, indicando uma migração gradual de capital para outros ativos digitais. O relatório ainda aponta que o interesse por altcoins cresceu fortemente em pesquisas do Google, alcançando níveis não vistos desde 2018.
Panorama institucional e ativos em destaque
A legislação norte-americana também influencia essa mudança. A Lei GENIUS, aprovada recentemente, cria um ambiente mais favorável para stablecoins regulamentadas, enquanto a Lei CLARITY traz definições mais claras entre commodities digitais e valores mobiliários.
A Pantera afirma que o Ethereum deve liderar o movimento, já que a maioria dos ativos do mundo real tokenizados (RWAs) migrou para essa rede. Exemplo disso é o lançamento de ações tokenizadas da Robinhood na Arbitrum e a criação de fundos como o BUIDL da BlackRock e o WTGXX da WisdomTree, ambos baseados no Ethereum.
As stablecoins também aparecem como um vetor central dessa expansão. Dados da DefiLlama mostram que 55% do mercado de stablecoins já está no Ethereum, embora esse cenário possa mudar com novos projetos de empresas como Stripe e Circle. Além disso, grandes bancos dos EUA, como Bank of America, Morgan Stanley e JPMorgan, avaliam lançar suas próprias versões desses ativos.
No curto prazo, analistas da Coinbase acreditam que os maiores ganhos virão dos investidores de varejo, já que a participação institucional permanece limitada. Tokens como ARB, ENA, LDO e OP aparecem com alta correlação de mercado, e o LDO já acumula valorização de mais de 55% neste ciclo.