Após chegar ao Brasil, 21shares é vendida para a FalconX

Cripto como arma geopolítica: Rússia cria sistema seguro para comércio internacional
  • FalconX adquire 21Shares e amplia atuação em ETFs e produtos estruturados de cripto
  • Negócio marca consolidação global e reforça avanço institucional dos ativos digitais.
  • Após entrada no Brasil, 21Shares passa a integrar uma das maiores corretoras institucionais do mundo.

A gestora suíça 21Shares foi adquirida pela corretora institucional FalconX, segundo revelou o Wall Street Journal nesta quarta-feira (23). A operação, concluída por um valor não divulgado, ocorre apenas alguns meses depois da chegada oficial da 21Shares ao Brasil e simboliza um novo movimento de consolidação e expansão no mercado global de ativos digitais.

A FalconX, fundada em 2018 por Raghu Yarlagadda, atua como uma das principais corretoras de criptomoedas para clientes institucionais. A empresa já intermediou mais de US$ 2 trilhões em transações e atende mais de 2.000 investidores institucionais ao redor do mundo.

Com a compra da 21Shares, a companhia pretende ampliar seu portfólio além dos serviços de liquidez e market-making. Assim, ela entra no mercado de fundos de investimento em criptoativos, especialmente os ETFs e produtos estruturados.

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O acordo foi estruturado com uma combinação de pagamento em dinheiro e ações, de acordo com fontes próximas à negociação. Os executivos das duas empresas afirmaram que a fusão focará no desenvolvimento de fundos baseados em derivativos e produtos estruturados. Isso criará novas alternativas de exposição a criptomoedas para investidores institucionais.

21Shares

Imagem: X

Com mais de 50 produtos listados e US$ 11 bilhões sob gestão, a 21Shares se consolidou como uma das principais emissoras de ETPs de criptoativos da Europa. A empresa ficou conhecida por lançar os primeiros fundos de Bitcoin e Ethereum negociados em bolsa. Mais recentemente, expandiu suas operações para mercados emergentes, incluindo o Brasil, onde firmou parcerias com instituições locais e trouxe ETPs de Bitcoin e Solana para a B3.

A FalconX vê o momento como ideal para fortalecer sua presença em produtos regulados. O avanço de legislações como o GENIUS Act, aprovado nos Estados Unidos em 2024, abriu caminho para uma estrutura regulatória mais moderna. Esta estrutura incentiva a inovação e dá maior segurança a investidores institucionais. Com esse cenário, a empresa planeja usar a expertise da 21Shares para criar novas linhas de ETFs de criptoativos nos EUA e na Europa.

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Em nota, o CEO da FalconX destacou que a aquisição representa “um passo estratégico para integrar infraestrutura institucional com produtos de investimento acessíveis e regulamentados”. Ele acrescentou que a união das duas companhias deve acelerar a criação de fundos baseados em Bitcoin, Ethereum e stablecoins, além de derivativos voltados a DeFi e Web3.

Novos competidores

A integração também marca uma mudança simbólica no mercado cripto. A compra de uma gestora europeia por uma corretora americana indica um alinhamento global na profissionalização do setor. Esse setor cada vez mais busca transparência, liquidez e padronização regulatória.

Além disso, o negócio reflete a tendência de integração entre provedores de infraestrutura e gestores de fundos. Desse modo, isso cria conglomerados capazes de atender tanto o varejo quanto o investidor institucional.

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Assim, com a fusão, a FalconX passa a competir diretamente com gigantes como BlackRock, Grayscale e VanEck, que dominam o segmento de ETFs de cripto. Dessa forma, a expectativa é que a união das marcas eleve o padrão de governança e inovação no setor. Assim, se consolida o papel das criptomoedas como ativos financeiros legítimos e globais.

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Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.
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