Avraham Eisenberg é condenado por crimes envolvendo abuso infantil e manipulação de mercado

  • Avraham Eisenberg, recebeu uma nova condenação por posse de material de abuso sexual infantil
  • O juiz federal Arun Subramanian, do Distrito Sul de Nova York, considerou o conteúdo altamente perturbador
  • A promotoria ressaltou que o material encontrado indicava consumo repetido e intencional, não apenas armazenamento acidental

Avraham Eisenberg, conhecido globalmente por explorar falhas na plataforma descentralizada Mango Markets, recebeu uma nova condenação por posse de material de abuso sexual infantil. Embora seu nome esteja associado a esquemas financeiros no mercado cripto, desta vez o crime não envolve ativos digitais. A sentença representa uma reviravolta no histórico jurídico do acusado e amplia a gravidade de suas transgressões.

Prisão revelou crimes mais graves durante investigação

As autoridades prenderam Eisenberg em dezembro de 2022, em Porto Rico, inicialmente por sua manipulação da Mango Markets. Durante a prisão, investigadores apreenderam seus dispositivos eletrônicos. Ao analisar os arquivos, identificaram mais de 1.200 imagens e vídeos relacionados a abuso sexual infantil, muitos envolvendo vítimas com menos de oito anos.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

O juiz federal Arun Subramanian, do Distrito Sul de Nova York, considerou o conteúdo altamente perturbador. Com base nisso, o tribunal aplicou a Eisenberg uma pena de 52 meses de prisão. Além disso, ele deverá cumprir cinco anos de liberdade supervisionada. Durante esse período, precisará instalar softwares de monitoramento em seus dispositivos e participar de um programa ambulatorial contra dependência química.

A promotoria ressaltou que o material encontrado indicava consumo repetido e intencional, não apenas armazenamento acidental. Os advogados de defesa, por outro lado, argumentaram que Eisenberg enfrenta distúrbios mentais e pediram uma pena mais branda. Ainda assim, o juiz considerou necessário aplicar uma pena severa para desencorajar crimes semelhantes.

Condenações anteriores e possibilidades de revisão

Antes da nova sentença, Eisenberg já havia enfrentado outro processo judicial por manipular o token MNGO da Mango Markets. Em 2022, ele utilizou contratos perpétuos para inflar artificialmente o valor do token. Como consequência, retirou US$ 110 milhões da plataforma por meio de empréstimos colateralizados. Mais tarde, devolveu parte dos fundos após pressão da comunidade.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

O júri considerou sua ação criminosa e o declarou culpado por fraude eletrônica, fraude de commodities e manipulação de mercado. Apesar disso, os advogados ainda tentam reverter o veredito. Alegam que o token MNGO não pode ser considerado commodity pela legislação atual. O juiz Subramanian reconheceu que pode haver margem para revisar o caso, embora ainda não tenha tomado uma decisão definitiva.

A trajetória de Eisenberg ilustra os desafios jurídicos que envolvem crimes cibernéticos e o impacto ético de delitos não financeiros. O caso também pressiona a Justiça a atuar com rigor diante de crimes digitais e violações graves à dignidade humana.

Compartilhe este artigo
Carlos Schuabb, conhecido como Papa no mercado, é redator do Bitnoticias desde julho de 2023, mas ele não começou assim: Iniciando no mercado cripto em 2018, no evento Bitconf, com o tempo se estabeleceu como um entusiasta dedicado, especialmente no que diz respeito ao universo cripto. Ele tem sido uma figura confirmada na organização de todas as edições do BITSAMPA, um evento de prestígio no cenário cripto em São Paulo.
Sair da versão mobile