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Banco Central destaca que Drex será descentralizado e inclusivo

Por Luciano Rodrigues
Foto: Dall-e 3

Durante o painel “Drex em 2025: Uma Nova Era em Construção”, realizado no Criptorama em São Paulo, o coordenador do projeto Drex no Banco Central (BC), Fabio Araújo, afirmou que a moeda digital brasileira (CBDC) está sendo projetada para operar em um modelo descentralizado. Araújo também destacou que o BC mantém uma postura favorável ao mercado de criptomoedas e suas tecnologias inovadoras.

“Não temos nada contra o mercado de criptomoedas. Esse mercado utiliza tecnologias de ativos digitais para gerenciar riscos e atender diferentes demandas. Nosso objetivo é criar um ambiente seguro, independente do modelo, que promova inclusão e inovação”, afirmou Araújo, rebatendo críticas sobre uma possível centralização do Drex.

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Modelo descentralizado e transparente

Araújo esclareceu que o Drex funcionará em um ambiente onde os participantes operam juntos, mas sem concentrar informações em um único lugar. “O BC não terá acesso direto a dados específicos das operações. Com soluções como provas de conhecimento zero (ZKP), a privacidade será ainda maior, permitindo visões macroeconômicas sem comprometer dados individuais”, explicou.

Para atingir um nível maior de descentralização, Araújo destacou a importância de atrair bancos, fintechs e instituições de pagamento. “O cidadão poderá escolher entre serviços de diferentes instituições. Nosso objetivo é oferecer simplicidade e acessibilidade, sem sacrificar segurança.”

Facilidade e inclusão financeira

O Drex promete simplificar o acesso a produtos financeiros. Araújo destacou que a tecnologia permitirá o fracionamento de ativos, como debêntures e títulos públicos, ampliando o acesso a investimentos. “Será possível montar uma carteira de investimentos e usar esses ativos como garantia para empréstimos de curto prazo, democratizando o mercado financeiro”, disse.

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Além disso, o coordenador ressaltou que o Drex busca integrar serviços financeiros de maneira prática e acessível. “Hoje, muitos enfrentam dificuldades para construir uma poupança eficiente. Queremos mudar isso, oferecendo alternativas viáveis e competitivas.”

Desafios e próximos passos

Apesar das promessas, o projeto enfrenta desafios culturais e tecnológicos. Araújo destacou que o sucesso depende de superar o conservadorismo das instituições financeiras e evitar a replicação de modelos tradicionais. “Precisamos inovar e aproveitar plenamente as características da tecnologia blockchain. Caso contrário, perpetuamos os problemas do sistema atual”, alertou.

O BC planeja publicar relatórios detalhados sobre o progresso do Drex até o final deste ano, com atualizações programadas para 2025. “Queremos garantir transparência e mostrar os benefícios concretos dessa nova tecnologia”, concluiu Araújo.

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Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.
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