Autoridades do setor financeiro sugeriram o desenvolvimento de um sistema de pagamentos em tempo real com liquidação instantânea a ser usado pelos bancos da zona do euro. Os sistemas financeiros tradicionais sofreram pressões de criptomoedas e, mais recentemente, a nova moeda digital do Facebook, conforme relatado pela Reuters.
Pagamentos instantaneamente liquidados existem na Zona do Euro desde 2017, com apenas metade dos bancos da região implementando o sistema. Apesar disso, ele não erodiu a utilidade das criptomoedas, uma vez que elas são usadas majoritariamente para transações domésticas.
Os bancos desaceleraram os upgrades de produtos, já que o sistema financeiro era essencialmente um oligopólio administrado por um cartel de grandes bancos.
Com o Facebook agora no seu encalço, os bancos estão vendo a necessidade de inovações contínuas e atualizações de serviço, uma resposta que vem com o medo de perder um grande pedaço do mercado de remessas de pagamento. Os principais bancos da Europa, como Santander, Deutsche Bank e SocGen, estão liderando o argumento de proteger seu domínio sobre as transações.
Independentemente do sucesso do Facebook, seu advento no mercado de pagamentos mostra o potencial da grande tecnologia para interromper o sistema bancário e criar melhores serviços a um custo de processo mais barato. Sua capacidade de criar redes para conectar diferentes partes do mundo é sua principal vantagem, permitindo-lhes criar soluções globais que melhoram a inclusão financeira e facilitam as transações.
Até 2020, todos os bancos que operam no bloco do euro devem implementar pagamentos em tempo real. Não fazer isso levaria a experiências insatisfatórias do cliente e a uma redução na participação de mercado do banco.