No dia 3 de janeiro de 2009 o primeiro bloco do Bitcoin foi minerado dando origem aos 50 primeiros Bitcoins.
Passados 13 anos o Bitcoin é uma realidade, e consigo trouxe a tecnologia blockchain que está revolucionando o mundo digital.
De 0 a bilhões de dólares em 13 anos
Quando o primeiro bloco de Bitcoin foi minerado a primeira criptomoeda nasceu sem preço algum, zero!
Hoje, no preço no momento desta redação aquele primeiro bloco, também chamado de “0” ou “Gênesis”, está cotado em US$ 2,32 bilhões de dólares.
Em nossa moeda nacional são R$ 14,39 bilhões de reais.
Atualmente o mercado do Bitcoin possui capitalização de US$ 879 bilhões de dólares, e possui uma dominância de 39,6% de todo o mercado cripto.
Sistema de dinheiro eletrônico
De fato o Bitcoin é um Sistema de dinheiro eletrônico.
Ao serem criados os primeiros 50 Bitcoins há 13 anos deu-se origem ao Sistema de Dinheiro Eletrônico via Ponto-a-Ponto ou “Peer-to-Peer” (P2P).
Este Sistema foi descrito por Satoshi Nakamoto e apresentado em seu White Paper em 31 de outubro de 2008.
O Sistema Bitcoin precedia o conceito de troca de dinheiro sem o intermédio de terceiros.
Para tanto criptomoedas passaram a ser produzidas através de um processo denominado mineração por prova de trabalho (proof-of-work/PoW).
Este mecanismo de produção de Bitcoin possui lastro na descentralização de seus nós de rede, e na dificuldade computacional da rede do Bitcoin.
A produção de novas criptomoedas é controlada, possui índice inflacionário equilibrado e diminui a cada processo de halving, que é a queda da recompensa de mineração da rede que ocorre em média a cada 4 anos.
O Sistema Bitcoin também traz um número limitado de criptomoedas, e no final do processo total de mineração de Bitcoins haverá 21 milhões de unidades da criptomoeda.
Este processo está estimado a ser findado no ano de 2146.
13 anos depois
Inicialmente o Bitcoin era apenas minerado, pois não havia trocas de Bitcoins ou de suas unidades fracionárias, os Satoshis, entre pessoas.
Em seus primeiros anos de existência o Bitcoin ficou conhecido de forma negativa, sendo associado às negociações na dark web, e foi muito associado ao tráfico de drogas.
Os anos se passaram e o Bitcoin passou a ter um preço e a figurar como um ativo.
Passou a ser comercializado e a ser utilizado como forma de pagamentos de forma pouco abrangante.
Basicamente quem ascendeu o Bitcoin do nada ao seu primeiro momento de fama foram os comerciantes de varejo.
Até o ano de 2017 praticamente não havia o conceito do “institucional” dentro do mercado criptográfico e do Bitcoin.
Entretanto, no segundo semestre de 2017 o mercado cripto vivenciou um processo de alta exponencial, tanto no preço dos criptoativos existentes como no número de protocolos criptográficos lançados através das ofertas iniciais de moedas, as ICOs.
De muitos protocolos ruins e especulativos ou criminosos, a protocolos importantes como o Bitcoin, os criptoativos vivenciaram um ano inteiro de baixas em 2018, o que levou o mundo a enxergar uma bolha no mercado financeiro.
Durante todos estes anos muitos protocolos surgiram e muitos sumiram, mas o Bitcoin se manteve resiliente mesmo tendo sido considerado morto por centenas de vezes.
Em 2019 o mercado cripto e o Bitcoin passaram por um momento de calmaria, ao qual se organizou para se recuperar do desastroso ano anterior.
Em 2020 a pandemia fez com que o desarranjo governamental expusesse a fragilidade do dinheiro FIAT, e o Bitcoin passou a ganhar notoriedade diante de seus atributos tecnológicos.
O meio e o investimento institucional passaram a abraçar a criptomoeda e o mercado cripto com a sua imensa variedade de produtos financeiros.
O Bitcoin também ganhou força dentro da usabilidade pela qual foi criado, os pagamentos.
Muitas empresas passaram a admitir o Bitcoin e demais criptoativos como meio de pagamento, e é neste conceito de mercado que hoje o Bitcoin praticamente atua no quesito de servir como meio de troca financeira entre dois pontos.
Mas também, atualmente o Bitcoin é uma criptomoeda muito utilizada no mercado financeiro de forma especulativa, e seu mecanismos de troca é praticamente mediado por terceiros, através de exchanges.
Também é utilizado como reserva de valor, muito contestado devido a sua alta volatilidade, mas que destrói este argumento quando observado no longo prazo.
Adiante, o que 2020 fez para o Bitcoin e os criptoativos foi impulsioná-los a um 2021 esplêndido para o mercado criptográfico como um todo.
Em 2021 o Bitcoin e o mercado tecnológico das Blockchains adentraram em praticamente todos os ramos da sociedade, e simplesmente está mudando o mundo digital.
Retrospectiva 2021 – Bitcoin e do mercado cripto
Neste dia em que completa 13 anos de idade o Bitcoin mostra muita força, robustez e segurança, atingindo o maior nível de dificuldade (medido em hashs da rede) da história.
Apenas para lembrar, conforme supracitado, este é o maior lastro que esta criptomoeda possui; a sua força computacional.
Em 13 anos o Bitcoin saiu do nada para comemorar seu aniversário podendo celebrar o seu maior feito histórico: Ter se tornado uma moeda de Curso legal em um país, El Salvador.
A criação de Satoshi Nakamoto possui poucos anos de vida, apenas 13, mas traz uma bagagem que está marcada na história do sistema econômico e financeiro mundial.
Parabéns, Bitcoin.
Todos somos Satoshi.