Publicidade

Bitcoin alcança maior hashrate da história

Por Clara Ventura
Foto: Dall-e 3

O hash rate do Bitcoin, um dos principais indicadores de segurança e eficiência da rede, atingiu um recorde histórico de 791,62 milhões de terahashes por segundo (TH/s), conforme dados do Ycharts. Esse novo patamar representa uma melhoria de 73,95% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Nas últimas semanas, o Bitcoin experimentou uma alta acentuada em seu hash rate, com variações entre 574 milhões e 742 milhões de TH/s no início de outubro. Essa atividade precedeu o salto para os 791 milhões de TH/s, onde a taxa permanece relativamente estável pelo segundo dia consecutivo.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Esse aumento expressivo tem relação com o desenvolvimento de equipamentos de mineração mais avançados. Além disso, há relatos de que mineradores dos Estados Unidos, listados em bolsas de valores, agora dominam cerca de 29% do hash rate global. Entre as principais empresas mineradoras americanas estão a Marathon Digital, a CleanSpark e a IREn.

Analistas do J.P. Morgan atribuíram esse crescimento à eficiência e às vantagens de financiamento dos operadores públicos, que conseguiram resistir às oscilações do mercado e expandir suas operações de mineração.

Embora o aumento no hash rate seja um sinal positivo para a segurança da rede Bitcoin, também implica que o custo de mineração de uma única moeda BTC está se tornando cada vez mais caro.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Dificuldade de Mineração e Atualizações de Receita

Além do aumento no hash rate, a dificuldade de mineração do Bitcoin está se aproximando de outro recorde. No bloco 866.682, a dificuldade atingiu 92,05 trilhões, muito próximo do recorde anterior de 92,7 trilhões, alcançado em setembro de 2024. Esse marco resultou de uma breve alta no hash rate, que ultrapassou 700 exahashes por segundo (EH/s) no início daquela semana.

A rede se prepara para o próximo ajuste de dificuldade, que deve ocorrer em 22 de outubro. A expectativa é que a dificuldade aumente pelo menos 4,17%, atingindo 95,88 trilhões. Isso reforça o desafio para mineradores encontrarem blocos válidos.

Apesar do aumento na dificuldade e no hash rate, dados mostram que os mineradores de Bitcoin continuam gerando receita estável. Em 20 de outubro de 2024, a receita diária de mineração era de US$ 38,38 milhões. Trata-se de uma queda leve de 1,17% em relação ao dia anterior. No entanto, a queda é mais acentuada quando comparada ao ano passado, com os níveis atuais 33,2% abaixo dos registrados no mesmo período de 2023.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Com o aumento da dificuldade e a redução da recompensa de blocos devido ao halving, especialistas preveem uma possível consolidação entre as operações de mineração de menor porte, que podem ter dificuldade em se manter lucrativas.

Enquanto isso, o preço do Bitcoin atingiu uma alta de três meses no último fim de semana, ultrapassando US$ 69.000, ficando a cerca de US$ 4.000 de um novo recorde histórico. Atualmente, a criptomoeda está sendo negociada a US$ 68.400, um aumento de 5,6% em relação à semana anterior.

Compartilhe este artigo
Siga:
Clara Ventura é uma jornalista com quatro anos de experiência em cobertura de Bitcoin, criptomoedas, tecnologia blockchain e Web3. Graduada em Jornalismo e com pós-graduação em Jornalismo Digital, Clara combina sua paixão pelo mundo das criptomoedas com habilidades jornalísticas para produzir reportagens relevantes para um público amplo e diversificado.
Sair da versão mobile