O debate sobre a correlação entre o Bitcoin e o ouro já é antigo e todos nós já ouvimos sobre ela, nem que tenha sido ao menos um vez. Apesar dos diferentes pontos de vista, o debate eventualmente volta a se tornar destaque, devido a óbvia correlação que os ativos compartilham.
Recentemente, o assunto voltou à tona, em razão da taxa de correlação entre os ativos. Contudo, a taxa, calculada em uma média mensal, atingiu um novo recorde de 70%. Essa nova alta na correlação é relativamente comum em tempos de incertezas econômicas, como apontam os dados da Skew. De fato, a nova alta dessa taxa superou os picos do quarto trimestre de 2018 e do segundo trimestre de 2019.
Assim, os governos e bancos centrais estão realizando medidas cada vez mais desesperadas para salvar suas economias. Como é o caso do FED dos Estados Unidos, que no último mês imprimiu mais novos dólares do que nos últimos 200 anos. Enquanto isso, ao mesmo tempo, investidores estão migrando das moedas fiduciárias, sujeitas à inflação, por ativos digitais ou commodities.
No final de maio, Neel Kashkari, presidente do Federal Reserve Bank de Minneapolis, afirmou ter aval do Congresso para garantir liquidez ao sistema financeiro. Na época, Kashkari alegou haver “uma quantidade infinita de dinheiro no Federal Reserve”.
O discurso do presidente do FED de Minneapolis foi endossado algumas semanas atrás, desta vez por Donald Trump, presidente dos EUA. Trump disse que a próxima rodada dos pacotes de auxílio “podem ser maiores” do que os anteriores, de US$ 1.200 por indivíduo. “Eu gostaria de ver isso muito mais alto, porque amo as pessoas. Quero que as pessoas entendam”, afirmou o presidente.