Bitcoin em risco? Avanço quântico desafia segurança digital

Bitcoin em risco? Nova atualização acende alerta sobre conteúdo ilegal na blockchain
  • Maior computador quântico desafia segurança do Bitcoin.
  • Avanço do Caltech acelera corrida quântica global.
  • Criptografia do Bitcoin pode enfrentar ameaça real.

Pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) alcançaram um marco que pode mudar o rumo da computação e, por consequência, do mercado de criptomoedas. A equipe anunciou a construção do maior computador quântico de átomo neutro já registrado, capturando 6.100 átomos de césio como qubits. Esse resultado representa um salto em relação a experimentos anteriores, que trabalhavam com apenas algumas centenas de qubits.

O diferencial do experimento está na estabilidade alcançada pelos qubits. Eles permaneceram coerentes por 13 segundos, quase dez vezes mais do que os registros anteriores. Além disso, as operações individuais atingiram 99,98% de precisão, um nível inédito em plataformas dessa escala. Segundo os cientistas, essa combinação de escala, coerência e fidelidade mostra um caminho viável para computadores quânticos práticos e tolerantes a falhas.

A conquista foi possível com o uso de pinças ópticas, feixes de laser ultrafocados capazes de aprisionar átomos em pontos específicos. A equipe dividiu um único laser em 12 mil armadilhas, mantendo os átomos em uma câmara de vácuo. Mais do que capturá-los, os pesquisadores conseguiram mover os qubits dentro da matriz, preservando o delicado estado de superposição, o que abre espaço para futuras técnicas de correção de erros.

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No entanto, enquanto o campo científico comemora, especialistas em segurança digital acendem o alerta. A computação quântica ameaça os sistemas criptográficos que sustentam o Bitcoin e o Ethereum, bem como outras blockchains. Hoje, a proteção das carteiras depende de sistemas matemáticos considerados inquebráveis para computadores tradicionais. Mas máquinas quânticas suficientemente poderosas poderiam quebrar essas chaves privadas, expondo ativos digitais e desestabilizando o mercado.

Bitcoin em risco com computação quântica

Criptógrafos reconhecem que ainda não existe um computador capaz de derrubar a criptografia usada no Bitcoin. Porém, em encontros fechados, líderes do setor já admitem temer um “Dia Q”, quando a tecnologia estará madura o bastante para realizar esse feito. O risco maior estaria em um ataque silencioso, com moedas antigas reaparecendo no mercado de forma repentina, o que poderia derrubar preços e corroer a confiança.

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A corrida tecnológica é global. A IBM já anunciou planos para máquinas com 100 mil qubits até 2033, enquanto startups como IonQ, QuEra e Quantinuum exploram diferentes abordagens. O avanço do Caltech, ao colocar mais de seis mil qubits funcionais em operação, mostra que essa realidade pode chegar antes do previsto.

Embora ainda faltem passos para a aplicação prática, o feito da equipe de Manuel Endres inaugura uma nova fase. Para os cientistas, trata-se de um momento empolgante da física experimental. Para os investidores em cripto, pode ser o início de um teste existencial para o futuro do Bitcoin.

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Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.
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