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Bitcoin não é mais a criptomoeda preferida dos criminosos, declara pesquisador

Por Luciano Rodrigues
Foto: Depositphotos

A indústria do crime na Web3 está mudando seus métodos de operação, deixando de usar Bitcoin e recorrendo cada vez mais às stablecoins e Monero, de acordo com Tara Annison, ex-chefe de consultoria técnica de cripto da Elliptic. Os esquemas de Ponzi também estão em alta, um indicativo do mundo obscuro do crime relacionado à criptomoeda.

Em uma apresentação no último dia do EthCC em Paris, Annison compartilhou novas perspectivas sobre como os ativos digitais estão sendo usados para facilitar o crime e lavar dinheiro. Segundo ela, o Bitcoin já não é mais a criptomoeda de escolha para atividades ilícitas.

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Com a maturação da indústria de criptomoedas, os protocolos de finanças descentralizadas (DeFi), os serviços de mixagem e as stablecoins estão proporcionando novos caminhos para os criminosos explorarem. Eles têm usado cada vez mais ativos denominados em dólares, como a USD Coin (USDC), devido à sua fácil acessibilidade e capacidade de lavagem por meio de trocas descentralizadas (DEXs).

Annison ressalta a facilidade de uso dos DEXs para lavagem de dinheiro: “Os criminosos usam isso como ponto-alvo. Também é super fácil de lavar por meio de DEXs. Há uma liquidez profunda, um volume muito bom, o que é bastante preocupante.”

Congelamento de Tokens: Uma Possível Solução

No entanto, a especialista em criptomoedas também mencionou um potencial lado positivo. Ela observou que emissores centralizados, como a Circle, poderiam congelar tokens USDC específicos antes que os criminosos possam “sair do ativo” para moedas fiduciárias através de DEXs ou exchanges centralizadas.

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“O que estamos vendo agora é um aumento no número de contas com USDC e USDT na lista negra, e esses são fundos congelados que os criminosos agora não podem acessar.”

Além disso, Annison destacou a prevalência contínua dos esquemas de Ponzi e pirâmide no setor, ressaltando que cerca de 7,8 bilhões de dólares foram roubados de vítimas destes golpes.

Conforme a indústria das criptomoedas continua a evoluir, é essencial ficar de olho em como ela pode ser explorada para atividades criminosas e trabalhar para criar salvaguardas eficazes. Enquanto o Bitcoin pode não ser mais a criptomoeda preferida dos criminosos, é claro que o crime digital continua sendo uma preocupação importante no espaço das criptomoedas.

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Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.
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