Pesquisa do SPC revela que 11% dos brasileiros já perderam dinheiro em fraudes financeiras

Por Bruna Grybogi

Segundo pesquisa conduzida pelo Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) em parceria com o Sebrae, 11% dos brasileiros perderam dinheiro em fraudes financeiras. A pesquisa intitulada “Fraudes em Investimentos no Brasil” revelou os principais tipos de fraudes no país, e o perfil dos investidores mais afetados por elas.

Ouvindo 917 pessoas maiores de 18 anos e residentes das principais capitais do país, a pesquisa identificou o perfil das vítimas, os principais tipos de golpe e os motivos que levam as pessoas a caírem nesses tipos de fraudes.

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Os esquemas de pirâmide são os principais tipos de golpes no país, representando 55% das ocorrências, seguido de golpes de seguradora, onde o investidor tem a promessa de receber uma quantia fixa mediante ao pagamento de taxas ou despesas (19%), e golpes de ações ou fundos de aposentadoria esquecidos, onde as vítimas são levadas a pagar taxas antecipadas para supostamente ter direito a ativos financeiros (16%).

José Cesar da Costa, presidente da CNDL, comenta que “pirâmide financeira, falsos fundos e fraudes envolvendo investimentos sempre começam com a promessa de altos ganhos de dinheiro rápido e fácil. E esses ganhos costumam ser bem acima da média das aplicações e investimentos tradicionais. Em todos os casos, três fatores costumam andar juntos: o excesso de confiança, a ganância ou a ingenuidade do investidor, aliada à negligência para checar a veracidade das informações, o que acaba facilitando a ação dos fraudadores”.

Dos motivos que levaram as pessoas a caírem nos golpes, 44% dos entrevistados disseram que foram influenciados pelas altas taxas de retorno, 36% foram levados a caírem em golpes pela promessa de não ser necessário entender sobre investimentos, e 32% afirmaram que o baixo risco no investimento foi o fator decisivo para investirem.

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Além disso, 43% das vítimas fecharam acordo com consultores autônomos não registrados, 29% com familiares ou amigos, e 26% por membros de um grupo ou organização a qual elas pertencem.

Das pessoas que caíram em golpes financeiros, 62% afirmaram não ter recuperado o valor perdido, destes 35% não tem mais esperanças de recuperar e 27% ainda estão tentando reaver o valor subtraído. Já 38% das vítimas conseguiram recuperar parte de seus investimentos, destes, 18% recuperaram com prejuízo, 8% conseguiram com acordos não-judiciais e 6% por vias judiciais.

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