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BRICS pode desenvolver uma criptomoeda para pagamentos entre seus membros

Por Bruna Grybogi

Os países do grupo econômico BRICS, grupo de países de mercados emergentes, apoiam a ideia de desenvolvimento de uma criptomoeda comum para pagamento de acordos entre os países membros – Brasil, Russia, India, China e África do Sul, de acordo com Kirill Dmitriev, diretor do Fundo Russo de Investimento Direto.

Nesta quarta-feira (14), durante a reunião de cúpula de líderes do BRICS, que ocorreu em Brasília, a Rússia e os outros países do grupo debateram entre outras coisas, formas de diminuírem a dependência do dólar norte-americano e o uso de uma moeda comum entre seus acordos.

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Segundo Dmitriev, a cripto do BRICS serviria para transferir obrigações financeiras entre os países, “de um entidade legal para outra, para confirmar que o destinatário terá direitos de reivindicação e o contrato terá obrigações por um valor específico. Não será dinheiro, podemos dizer que será um fluxo de documentos sem papel para facilitar transações”.

O desenvolvimento de um sistema de pagamento para o grupo é um fator importante “diante do aumento de riscos não mercantis para a infraestrutura global de pagamentos”, disse o diretor do Fundo Russo, completando que “um sistema de pagamento eficiente para o BRICS pode incentivar pagamentos com moedas nacionais e garantir pagamentos e investimentos sustentáveis entre os países”.

Apesar de não haver ainda nenhuma informação sobre o desenvolvimento desse sistema, a Russia tem trabalhado no desenvolvimento de um sistema de pagamento nacional como alternativa ao serviço de troca de mensagens financeiras Swift, que supostamente permite aos Estados Unidos monitorarem as transações financeiras russas.

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O anúncio de uma criptomoeda única para o BRICS, feito pelo diretor russo, contrasta com a atual notícia de que o governo da Rússia está desenvolvendo uma lei que permitiria o confisco de criptomoedas no país.

Além disso, recentemente, a China afirmou estar trabalhando no desenvolvimento de uma moeda digital apoiada pelo governo, mas desmentiu que seu lançamento ocorresse em 2020.

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