Caso BitMEX: Se for assim, vai “rodar” muita gente

Página da CipherTrace

Segundo a empresa de análises CipherTrace, mais da metade das exchanges de criptomoedas têm protocolos KYC/AML fracos e não atendem aos padrões da indústria e aos regulamentos locais.

A CipherTrace analisou mais de 800 plataformas de negociação de criptomoedas descentralizadas e centralizadas, além de formadores de mercado automatizados (AMM).

De acordo com a pesquisa, 56% dessas plataformas não atendem aos requisitos KYC e Anti-Money Laundering (AML). Curiosamente, a maioria dessas exchanges está localizada na Europa, em regiões altamente regulamentadas pelas Leis locais.

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Mais intrigante, é que no início deste ano entrou em vigor a Quinta Diretiva da União Européia de Combate à Lavagem de Dinheiro (AMLD5) para o combate ao financiamento do terrorismo.

Apesar disso, 60% dos provedores de serviços de ativos virtuais europeus (VASPs) têm protocolos KYC fracos. O maior número de trocas que não atendem aos requisitos de identificação do cliente estão nos EUA, Reino Unido, Rússia e Cingapura.

Nível de segurança KYC aplicado por exchanges no mundo

Além do mais, muitas bolsas não indicam o país em que estão registradas em seu site, o que garante que os mercados possam ocultar sua jurisdição para evitar a necessidade de registro e conformidades ou restrições regulatórias.

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Segundo um relatório da CipherTrace, 70% das exchanges centralizadas não são compatíveis com KYC. Assim sendo, as exchanges poderiam estar se tornando um foco de serviços que fazem a lavagem de dinheiro por meio de criptomoedas.

Já em relação às exchanges descentralizadas, das 21 instituições analisadas, 81% delas apresentaram políticas KYC fracas ou não aplicavam este procedimento em todos os seus usuários.

Atualmente, o valor em dólar bloqueado nos protocolos DeFi cresceram exponencialmente em 2020, criando novos riscos potenciais de lavagem de dinheiro.

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Como eles não possuem qualquer entidade centralizada, geralmente carecem de qualquer conformidade regulatória clara.

Qualquer pessoa em qualquer país pode acessar o DeFi com pouca ou nenhuma informação KYC coletada. Como resultado, DeFi pode facilmente se tornar um paraíso para crimes de lavagem de dinheiro.

Se a mania pegar, muitas exchanges poderão ser proibidas de atuarem em países pelo mundo todo.

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A questão é: Ações contra o crime de lavagem de dinheiro serão impetradas contra todas as Instituições financeiras? Inclusive os Bancos?

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Redator da Revista Bitnotícias
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