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CEO da Matercard deveria comprar Coca-Cola com o PayPal

Pixabay

Segundo o CEO de uma das maiores empresas de pagamentos do mundo, a Mastercard, devido à volatilidade do Bitcoin ele não poderia funcionar como uma moeda para os desbancarizados.

Ajay Banga, CEO da Mastercard, declarou esta semana que está preocupado com a volatilidade do Bitcoin e com a falta de transparência sobre o criador da criptomoeda.

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Em uma entrevista Banga analisou alguns princípios do Bitcoin à sua maneira, e teceu um comentário um tanto quanto curioso ao tratar sobre o preço do Bitcoin.

Se referindo às pessoas que poderiam entrar no sistema financeiro, questionou quem concordaria em entrar em um sistema onde hoje a criptomoeda custa 2 garrafas de Coca-Cola, e amanhã custa 21 garrafas?

Esta não é uma forma de inserir as pessoas no sistema financeiro, mas de fazê-las temer

Ajay Banga

É claro que Banga apenas se referiu ao Bitcoin e aludiu aos demais criptoativos voláteis, pois a própria Mastercard já esteve no grupo que desenvolve a criptomoeda estável que mais mete medo nos legisladores estatais, o Libra.

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Stablecoin ele sabe o que é.

De fato a Mastercard é uma desenvolvedora de tecnologia blockchain, e possui uma gama de patentes para criptoativos governamentais.

Até por acreditar nas moedas digitais dos Bancos Centrais que Banga afirmou que o Bitcoin não pode se tornar uma moeda para pessoas privadas de acesso ao sistema bancário.

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É por isso que acreditamos nas moedas digitais do banco central

Ajay Banga

E é exatamente para isso que o Bitcoin não foi criado, sr. Banga, e seus desenvolvedores sequer querem que isto aconteça.

São infundados estes comentários do CEO da Mastercard contra o Bitcoin, pois não condizem com o que o próprio Bitcoin é, ou quer ser.

O Bitcoin não foi feito para estar dentro dos Bancos; os Bancos se quiserem que fiquem dentro do Bitcoin!

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E é o que está acontecendo!

Foi o Bitcoin quem trouxe a tecnologia blockchain que os Bancos Centrais estão estudando para criar as suas próprias moedas digitais, para deixarem aquele obsoleto papel impresso de lado.

O Bitcoin foi criado para ser sim um meio de pagamento, mas acabou deixando boa parte desta função para as criptomoedas e tokens criados depois dele, e assim está ascendendo de forma mais livre como reserva de valor.

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Mas esta inclusão sócio-econômica não acontecerá de imediato, caro Banga, pois existe todo um caminho de transição para as relações tecnológicas e financeiras, e para a economia como um todo.

Até parece que ele não entende disso.

A Mastercard não deveria se esquecer de seu passado, e da dificuldade que os cartões de crédito e de débito enfrentaram diante dos Governos e Bancos, até serem regulamentados, aceitos, e utilizados pela sociedade em massa.

Os cartões de crédito com seus juros abusivos que deveriam ser replanejados dentro do sistema econômico, não é mesmo?

Quanto a Satoshi Nakamoto não “dar as caras”, tudo bem que para o mundo atual onde todos querem os holofotes isso é realmente meio intrigante.

O criador da revolução econômica deste século pode não estar por aí, mas o seu White Paper está!

E é nele que Satoshi descentraliza a sua criação, permitindo que mineradores, usuários, e sistemas de Governança distribuídos conduzam o seu protocolo.

Segundo Banga, as plataformas de moedas digitais criadas pela Mastercard permitem que Bancos Centrais e comerciais explorem um conjunto de criptoativos governamentais para o fluxo de transações internacionais.

Sabe sr. Banga, os Governos não precisavam da sua tecnologia para isso. O Sr. não descobriu a roda!

Já existem as redes Ethereum, Tron, Binance, entre outras, para os Governos criarem as suas próprias moedas digitais, se quiserem.

Os Bancos Centrais também podem criar as suas próprias blockchains e moedas digitais. O Bitcoin não se importa com isso.

Por fim, sr. Banga, uma das suas principais concorrentes em meios de pagamento acabou de incluir o Bitcoin e outras criptomoedas como forma de transação em sua plataforma.

Eles se associaram a uma exchange e estão liquidando os pagamentos instantaneamente, desta forma, o preço da Coca-Cola amanhã será o mesmo que o de depois de amanhã.

Salvo se a empresa Coca-Cola aumentar o valor de seus produtos ou se o Governo que o sr. acredita continuar destruindo a economia.

Fica a dica!

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Redator da Revista Bitnotícias
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