Chainlink ganha ETF nos EUA

Chainlink pode explodir para US$ 102: analistas revelam gatilho que pode acelerar a alta
  • Chainlink estreia seu primeiro ETF nos EUA, listado na NYSE sob o ticker GLNK.
  • Grayscale converte o antigo Trust em ETF, aproveitando a regra da Seção 8(a) após ausência de objeção da SEC.
  • ETF pode oferecer staking no futuro, permitindo rendimento adicional sem movimentar os tokens LINK da custódia.

O mercado de criptomoedas inicia a semana com um movimento histórico. A rede Chainlink acaba de ganhar seu primeiro ETF nos Estados Unidos. Isso consolida sua presença entre os ativos digitais que já alcançaram reconhecimento institucional. A Grayscale, maior gestora de criptoativos do mundo, lançará nesta terça-feira, 2 de dezembro, o ETF spot de LINK. Este será negociado na Bolsa de Nova York (NYSE) sob o ticker GLNK.

A criação do ETF marca a conversão do antigo Grayscale Chainlink Trust. Por anos ele funcionou como veículo privado de exposição ao ativo. Para essa transformação, a empresa entrou com o formulário S-1 na SEC. Este é um passo obrigatório para que o fundo pudesse se tornar negociado em bolsa. Em 12 de novembro, a Grayscale enviou uma emenda final ao documento. Definiram assim a data oficial de listagem e abriram o caminho para a estreia do produto.

A estrutura regulatória desempenhou papel central nessa transição. A emenda incluía uma cláusula que ativava a Seção 8(a) da Lei de Valores Mobiliários de 1933. Isso permitia que a declaração de registro entrasse em vigor automaticamente após 20 dias, caso a SEC não interviesse. Como o órgão regulador não bloqueou o processo, a listagem do ETF se tornou inevitável. Mesmo assim, não houve uma aprovação explícita.

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Chainlink

A gestora escolheu a Coinbase como corretora preferencial, responsável pela execução e custódia dos tokens LINK usados para dar lastro ao ETF. O arranjo reforça a importância da infraestrutura norte-americana de negociação, ao mesmo tempo em que destaca o avanço da custódia institucional em criptoativos.

Analistas de mercado receberam a novidade como um marco. Nate Geraci, especialista em ETFs, declarou que o lançamento do GLNK reforça a falta de oposição da SEC. Também demonstra a maturidade regulatória crescente do setor. Para ele, a chegada do ETF acontece quando investidores institucionais buscam alternativas. Desejam diversificar carteiras e ampliar exposição ao segmento de tokenização. Neste setor, a Chainlink se tornou referência global.

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A Chainlink ganhou importância ao conectar dados externos ao blockchain por meio de oráculos descentralizados. Hoje ela integra processos de tokenização, finanças tradicionais e infraestrutura Web3. A criação de um ETF para o ativo não apenas amplia o acesso a investidores tradicionais. Também valida o papel estratégico que a rede desempenha na integração entre mercados.

Assim, outro ponto relevante é a possibilidade futura de staking dentro do próprio ETF, caso as condições regulatórias permitam. Esse recurso daria rendimento adicional aos investidores sem que os LINK deixassem a custódia institucional. A inclusão dessa funcionalidade, no entanto, dependerá de regras específicas da SEC e do entendimento fiscal aplicável.

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Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.
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