A polícia chinesa desmantelou um esquema de banco clandestino que utilizava a stablecoin USDT para realizar trocas de moeda estrangeira, totalizando transações no valor de aproximadamente ¥ 13,8 bilhões (US$ 1,9 bilhão).
Este caso ilustra a persistência de métodos informais de transferência de dinheiro, conhecidos como ‘bancos subterrâneos’, que operam fora dos canais bancários oficiais.
As operações foram realizadas na cidade de Chengdu, na província de Sichuan, e estavam principalmente voltadas para indivíduos que buscavam contrabandear medicamentos e cosméticos ou adquirir ativos no exterior.
Detalhes da operação e prisões
No total, 193 suspeitos foram presos em conexão com essa operação, demonstrando a escala e a organização desse esquema ilegal. A polícia também congelou ativos avaliados em ¥ 149 milhões.
Os líderes do grupo criminoso, identificados apenas pelos sobrenomes Lin, Weng e Chen, começaram a usar a stablecoin USDT para facilitar as trocas ilegais de moeda em janeiro de 2021. Esta é apenas uma das várias operações que utilizam criptomoedas para contornar os controles de capital rigorosos da China.
Ao longo dos anos, a China implementou políticas rígidas de controle de capital, levando alguns a usar criptomoedas para contornar as regras.
Implicações e políticas
A descoberta dessa operação segue a um caso separado na província de Jilin, onde outro banco subterrâneo que envolvia US$ 295 milhões também foi descoberto, usando criptomoeda para conversões de moeda.
Esses incidentes sublinham os desafios enfrentados pelas autoridades chinesas ao tentar controlar o fluxo de capital transfronteiriço. Além disso, destacam como as criptomoedas podem ser utilizadas para subverter as restrições impostas pelo governo, apesar das proibições e das duras penalidades para tais atividades.
Apesar de uma proibição abrangente de atividades relacionadas com criptomoedas na China, os comerciantes chineses persistem em contornar a proibição nacional e utilizar ativos cripto de formas alternativas.