A Circle avançou com seu protocolo de transferência cross-chain (CCTP) para a mainnet na Noble, possibilitando a geração nativa do USDC dentro do protocolo de comunicação inter-blockchain (IBC) da Cosmos.
Ao facilitar transações cross-chain mais simples, a Circle busca melhorar a utilidade do USDC, potencialmente ajudando a superar um declínio prolongado em sua capitalização de mercado.
A Noble se junta a outros como Arbitrum, Avalanche, Base, Ethereum e Optimism, permitindo a geração nativa de USDC por meio do CCTP. O CCTP está no testnet do Solana.
O protocolo cross-chain da Circle permite aos usuários criar USDC Noble, que podem ser movidos para outros aplicativos da Cosmos, como Osmosis ou dYdX. A oferta total de USDC Noble já ultrapassa os $20 milhões, segundo o MintScan.
O CCTP emprega um mecanismo de “burn-and-mint” para facilitar a criação nativa de USDC em diferentes blockchains. Neste processo, o USDC é retirado de circulação na chain de origem (burned) e então recriado (minted) na chain de destino, baseado em uma verificação (attestation) pelo sistema da Circle.
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Essa abordagem, focada na transferência direta de ativos, contrasta com a tokenização, onde os ativos são bloqueados em uma chain em troca de tokens equivalentes em outra. O método direto de “burn-and-mint” tem aparentemente ganhado preferência ao longo do tempo, especialmente diante de vários hacks de alto perfil associados à tokenização.
Se os usuários desejarem remover USDC da Cosmos através do protocolo da Circle, precisarão passar pela Noble. A Circle alerta que tentar mover fundos para uma conta Circle de qualquer outro aplicativo na IBC “pode resultar na perda de fundos.”
A capitalização de mercado do USDC está em declínio há mais de um ano desde o pico de $55 bilhões em meados de 2022. A capitalização de mercado atual do USDC é de $23,68 bilhões, de acordo com o DeFiLlama. Tether (USDT), a única stablecoin maior que o USDC, cresceu de $66 bilhões para $88 bilhões no mesmo período.
Como uma empresa centralizada, o investimento da Circle em um protocolo cross-chain sem permissão junta-se a uma tendência mais ampla de projetos cripto centralizados reforçando suas ofertas de finanças descentralizadas (DeFi).