Anatoly Legkodymov, co-fundador da exchange de criptomoedas Bitzlato, baseada em Hong Kong, declarou-se culpado de operar um negócio de transmissão de dinheiro sem licença, ligado a alegações de que a exchange processou fundos provenientes de ataques de ransomware, negócios ilícitos de drogas e outros crimes.
A admissão de culpa ocorreu em um tribunal de Nova York, onde Legkodymov concordou em dissolver a Bitzlato e renunciar a reivindicações sobre cerca de US$ 23 milhões em ativos apreendidos.
A Bitzlato foi sancionada pelo governo dos EUA em janeiro, quando o Departamento do Tesouro e o Departamento de Justiça alegaram que ela lavou cerca de US$ 700 milhões em fundos.
A Rede de Execução de Crimes Financeiros do Tesouro designou a exchange como uma ‘preocupação primária de lavagem de dinheiro’.
Impacto das ações da Bitzlato e repercussões
A prisão de Legkodymov na Flórida e o subsequente julgamento em Nova York destacam o impacto das ações da Bitzlato no ecossistema de criptomoedas. A Europol mais tarde alegou que a Bitzlato lavou mais de US$ 1 bilhão em fundos.
Changpeng 'CZ' Zhao could get dragged into this.
The Anatoly Legkodymov case is as much about Binance as it is Bitzlato.
Keep an eye on this one…@TheDigitalComJB @TheDigitalCom_X #Bitzlato #Binance #crypto https://t.co/uwQCdLJLYF— Darren Parkin (@EditorParkin) December 6, 2023
A exchange, pouco conhecida, tinha como maior contraparte o mercado darknet Hydra, que permitia transações para informações de identificação falsas, informações financeiras roubadas e lavagem de dinheiro.
Em uma declaração, a vice-procuradora-geral Lisa Monaco chamou a Bitzlato de ‘refúgio seguro para fraudadores, ladrões e outros criminosos’, destacando os esforços do Departamento de Justiça para desmantelar e interromper o ecossistema de criptocrime.
Futuro da Bitzlato e consequências legais
Apesar da declaração de culpa de Legkodymov e da apreensão da infraestrutura da Bitzlato, outro co-fundador da exchange, Anton Shkurenko, afirmou no final de janeiro que a exchange reabriria, embora seu site principal ainda exibisse um aviso de que foi apreendido pelos promotores franceses em 6 de dezembro.
A condenação do fundador da Bitzlato é o produto mais recente dos esforços do Departamento de Justiça, refletindo a crescente fiscalização e aplicação da lei no setor de criptomoedas, especialmente em relação à lavagem de dinheiro e outras atividades ilícitas.