Um novo relatório da Coinbase sugere que o ataque hacker ao Twitter poderia ter levantado muito mais Bitcoin do que eles realmente conseguiram. De fato, ao tomarem ciência do ataque, a exchange afirma ter bloqueado diversas transferências ao endereço dos malfeitores.
Na última semana, o Twitter foi invadido por hackers que usaram de engenharia social para obter acesso à ferramentas internas. Os malfeitores obtiveram acesso à contas verificadas de diversas personalidades, entre elas Elon Musk, Joe Biden e Barack Obama. Com o ataque, os invasores conseguiram lucrar mais de US$ 100.000, através de um golpe compartilhado através de perfis famosos, de acordo com um relatório da Elliptic.
Parte do Bitcoin proveniente do golpe começou a ser movimentando, em uma tentativa de torná-los irrastreável. Para isso, os invasores enviaram parte da quantia à serviços de mixing de Bitcoin, o que torna o rastreamento dos fundos muito mais complicado.
Contudo, o relatório da Elliptic também mostra que os hackers conseguiram levantar US$ 121.000, através de pouco mais de 400 pagamentos. Desta forma, o golpe conseguiu atingir menos de 400 pessoas, já que algumas pessoas podem ter realizado pelo menos mais de uma transação. O maior valor enviado ao endereço foi de US$ 42.000 em uma única transação vinda de uma bolsa do Japão.
Coinbase impede mais de 1.100 usuários de caírem em golpe de hackers do Twitter
Entretanto, o recente golpe poderia ter sido ainda mais bem sucedido se a Coinbase não tivesse bloqueado diversas transações para a carteira dos hackers. De acordo com um relatório da exchange, a Coinbase afirma ter bloqueado 1.100 clientes de enviar 30,4 BTC ao golpe. Porém, a empresa afirmou que antes que pudessem ter colocado o endereço do golpe em sua lista negra, 14 usuários conseguiram enviar cerca de US$ 3.00 em BTC.
Em entrevista à Forbes, Philip Martin, diretor de informações da Coinbase, explicou que a empresa tem o princípio de tentar reduzir danos aos seus clientes. “O princípio que queremos prestar atenção é a redução de danos sem reduzir a utilidade subjacente do ativo”, explicou ele.