Criptomoedas viram alvo: 86% dos golpes na Rússia usam pirâmide

Criptomoedas viram alvo: 86% dos golpes na Rússia usam pirâmide
  • Golpistas usam criptomoedas para enganar com promessas falsas
  • Banco Central remove mais de 5.200 sites fraudulentos
  • Influenciadores promovem esquemas de pirâmide disfarçados de investimentos

O número de fraudes financeiras disparou na Rússia em 2025. O Banco Central da Rússia identificou 2.780 entidades suspeitas apenas no primeiro trimestre.

Esse número representa um aumento de 56% em relação ao mesmo período de 2024, revelando uma nova onda de fraudes sofisticadas no setor financeiro.

Investimentos falsos seduzem com promessas de segurança e lucros fáceis

Entre os casos detectados, 1.638 apresentaram sinais claros de esquemas de pirâmide financeira. Esses projetos geralmente se passam por oportunidades legítimas de investimento. Os golpistas usam redes sociais, sites temporários e grupos no Telegram para atrair vítimas com retornos fixos “garantidos”.

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Grande parte dessas fraudes se apresenta como corretoras ou plataformas que atuam como participantes profissionais no mercado financeiro, sem qualquer licença. O Banco Central classificou 897 entidades como falsas corretoras e outras 236 como credoras ilegais.

A estratégia inclui valores de entrada baixos e a ilusão de segurança, com comparações enganosas a depósitos bancários. Porém, em muitos casos, influenciadores digitais promovem essas armadilhas, aumentando o alcance entre investidores menos experientes.

Criptomoedas concentram 86% dos esquemas de pirâmide

O CBR destacou que 86% dos esquemas usam criptomoedas como forma de captar recursos, um salto expressivo em relação aos 59% de julho de 2024. Os criminosos oferecem investimentos em ativos digitais, imóveis no exterior e até aluguel de carregadores portáteis, sempre com promessas de lucros rápidos.

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Essas operações, segundo o regulador, ocorrem quase sempre online, sem presença física, e muitas vezes envolvem negociação alavancada de criptomoedas, o que aumenta o risco para o investidor.

Para combater esse avanço, o CBR removeu mais de 5.200 sites fraudulentos do ar só nos três primeiros meses do ano. Além disso, instaurou mais de 120 processos administrativos e proibiu a publicidade dessas plataformas.

Ainda mais, mesmo com o crescimento das fraudes, o Banco Central mantém sua oposição à livre circulação de criptomoedas. Em março, propôs a criação de um sistema regulado para testar operações com criptomoedas, incluindo o lançamento de uma corretora estatal em parceria com o Ministério das Finanças.

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Por outro lado, a repressão também atingiu plataformas legítimas. Em abril, o Roskomnadzor, órgão regulador da internet, bloqueou o principal agregador de dados de corretoras de criptomoedas da Rússia, sinalizando o endurecimento das medidas contra o setor.

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Entusiasta de criptomoedas e tecnologia, comecei minha jornada com consoles no Nintendo 64. Sempre explorando novos gadgets e tecnologias inovadoras. Nos momentos livres, meu maior hobby é jogar futebol.
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