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Deu ruim: Polícia do Paraguai apreende mais de 1.000 mineradores de Bitcoin ilegais

Por Luciano Rodrigues
Foto: Dall-e 3

Uma operação recente da Administração Nacional de Eletricidade (ANDE) do Paraguai resultou na apreensão de mais de 1.000 equipamentos ASIC para mineração de Bitcoin e dois transformadores de alta tensão que abasteciam uma fazenda operando sem os devidos registros legais.

Os equipamentos de mineração digital foram descobertos em um armazém localizado na cidade de Quiindy, a cerca de 100 quilômetros de Assunção. Eles eram alimentados por um transformador elétrico de 3.150 kVA, conforme relatado por Félix Sosa, presidente da ANDE.

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Segundo Sosa, o armazém abrigava mais de 800 máquinas em funcionamento, com outras ainda embaladas. A suspeita é de que o proprietário planejava expandir suas operações clandestinas.

Durante o funcionamento da fazenda, estima-se que tenha ocorrido um consumo mensal de energia elétrica avaliado em cerca de 800 milhões de guaranis, o equivalente a US$ 100 mil. Além disso, o consumo não era devidamente registrado junto à ANDE, configurando-se como roubo de energia.

Bitcoin

A ANDE não divulgou há quanto tempo a fazenda estava em operação, mas a intervenção ocorreu após reclamações de moradores locais sobre cortes frequentes de energia elétrica em Quiindy.

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Félix Sosa enfatizou a importância de combater a mineração clandestina e o roubo de energia, classificando-os como uma ameaça à sociedade e às finanças da ANDE. Desde janeiro de 2024, a ANDE desligou 33 MW de energia consumida em fazendas clandestinas de mineração de Bitcoin, o equivalente ao consumo da cidade de Pilar, cuja demanda é de 27 MW.

A ANDE intensificou suas operações contra mineradores ilegais de Bitcoin nos últimos meses, confiscando um total de mais de 4.000 equipamentos de mineração desde janeiro. As operações continuarão conforme planejado, com o reforço das equipes de vigilância e fiscalização.

No entanto, as ações da ANDE têm sido questionadas por membros da comunidade Bitcoin paraguaia, que sugerem a existência de conexões entre funcionários da ANDE e os mineradores ilegais. Essas alegações foram refutadas por Félix Sosa, mas a controvérsia persiste.

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Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.
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