A Meta, anteriormente conhecida como Facebook, mantém firme seu foco no desenvolvimento do metaverso, apesar das perdas bilionárias registradas em sua divisão focada nessa área.
A unidade Reality Labs, responsável pelos segmentos de realidade aumentada, realidade virtual e pela plataforma de software metaverse da empresa, amargou um prejuízo de cerca de US$ 3,7 bilhões no segundo trimestre.
A perda financeira, revelada pela empresa nesta semana, está em conformidade com os padrões dos últimos trimestres. A divisão Reality Labs, focada no futuro metaverso, já havia registrado um prejuízo líquido de impressionantes US$ 13,7 bilhões em 2022, além de quase US$ 4 bilhões perdidos nos primeiros três meses de 2023.
Mark Zuckerberg, CEO da Meta, afirmou em teleconferência de resultados na quarta-feira que o investimento no metaverso é uma “aposta de muito longo prazo”. Zuckerberg reconhece o desconforto que muitos investidores podem sentir diante de tal aposta, mas insiste na visão futurista da empresa.
Ele imagina que todos que usam óculos hoje um dia terão “óculos inteligentes” e que as experiências de realidade virtual tomarão o lugar do tempo gasto em televisões e computadores.
“Não posso garantir que estarei certo sobre essa aposta”, disse Zuckerberg. “Mas acredito que essa é a direção que o mundo está tomando.”
- Leia também: Binance lista nova stablecoin FDUSD e interrompe negociações devido a problemas técnicos
Metaverso
As perdas operacionais da Reality Labs devem aumentar “significativamente” ano a ano devido aos esforços contínuos de desenvolvimento de produtos em realidade aumentada/realidade virtual e investimentos para escalar ainda mais o ecossistema, afirmou a Meta em um comunicado à imprensa.
Um dos exemplos desses investimentos é o lançamento do headset de realidade virtual Meta Quest 3, previsto para este outono. Este lançamento, que sucede o Quest 2 trazido ao mercado há três anos, requer grandes despesas no curto prazo.
No entanto, a Meta espera um crescimento total das despesas em 2024 à medida que continua a investir em suas oportunidades mais promissoras, incluindo inteligência artificial (IA) e o metaverso. A CFO da empresa, Susan Li, afirmou que o Reality Labs possui um roteiro ambicioso que requer investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento.
Apesar das perdas do Reality Labs, a categoria “Família de Apps” da Meta, que inclui Facebook, Instagram, Messenger, WhatsApp e outros serviços, registrou receita de quase US$ 13,1 bilhões no segundo trimestre, compensando assim o prejuízo da divisão de metaverso.