Com a forte desvalorização das moedas FIAT da Argentina e Venezuela, os dos países se tornaram líderes em uso de stablecoins atreladas ao dólar.
A Argentina possui taxa de inflação atual em 83%, já a Venezuela possui taxa de inflação de 114%; por isso as stablecoins se tornaram um hedge contra a perda de valor do dinheiro nestes países
A inflação das moedas estatais, peso argentino e bolívar venezuelano, estão fazendo com que os cidadãos destes países migrem para e/ou adotem o uso de stablecoins atreladas ao dólar americano.
De acordo com dados da empresa analítica, Chainalysis, estes dois países apresentaram uma crescente no uso de stablecoins este ano e se tornaram os líderes na América Latina.
De fato esta observação se estende a outros países do continente, em especial aqueles que têm registrado maior inflação anual.
Apesar de no Brasil a inflação não estar tão alta, por aqui duas stablecoins estão entre os cinco criptoativos mais transacionados pela população, sendo elas o tether (USDT) e o USDCoin (USDC).
Já na Argentina e na Venezuela as stablecoins representam mais de 30% dos pagamentos com criptoativos, principalmente utilizadas em pequenas transações.
De acordo com o CEO da exchange Ripio da Argentina Sebastian Serrano, “os argentinos usam criptomoedas para segurança. É por isso que existem tantos casos de uso para stablecoins”.
A Argentina possui 15 tipos de dólar diferente, e recentemente lançou os dólares ColdPlay, Qatar, e Soja, cada um voltado para uma finalidade diferente para atrair investimentos para o país e evitar a evasão de divisas.
Sebastian disse que a stablecoin “é uma alternativa digital segura para manter um dólar fiduciário”.
Vale lembrar que a Argentina limitou a compra de dólares no país, e com isto os criptoativos se tornaram mais uma atraente alternativa para driblar esta regulamentação.
Já a Venezuela não lançou ainda não lançou algum programa de controle cambial em relação à compra de dólares.