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Ele não morreu, está vivo e vai bombar: analista indica 3 tendências para o metaverso

Por Luciano Rodrigues
Foto: Dall-e 3

Mark ZuckerbeEntre setembro e outubro deste ano, rg anunciou que a Meta está focada no lançamento de dois novos produtos: os óculos de inteligência artificial em parceria com a Ray-Ban e também uma nova versão de seu capacete de realidade virtual, mais confortável, prática e acessível do que a anterior. Nos dois casos, a tecnologia deve facilitar e aprimorar as experiências imersivas nos ambientes do metaverso.

Os óculos, menores e mais leves, virão com assistentes virtuais que permitem a transmissão em tempo real de tudo o que o usuário está vendo, misturando a realidade com funcionalidades digitais.

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Já os headsets – equipamentos mais completos para olhos e ouvidos – são mais específicos para a imersão em ambientes virtuais. Como ambos ficarão mais acessíveis, é provável que mais pessoas comecem a utilizar cotidianamente.

De acordo com pesquisa realizada pela Nokia e pela Ernst & Young (EY), 58% das mais de 800 empresas entrevistadas já utilizam o metaverso em seus negócios de forma industrial ou empresarial. No Brasil, a quantidade de companhias que aderiram – ou ao menos já implementaram um programa-piloto – é de 63%.

Como todos esses negócios estão aplicando o metaverso? As empresas utilizam soluções de comunicação e colaboração, como ambientes virtuais que simulam escritórios ou a criação de avatares para cada colaborador. Essas ações podem acontecer em reuniões, treinamentos e até entrevistas, principalmente como forma de aprimorar a interatividade remota.

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Já nas indústrias ocorre forte colaboração entre atuações físicas e digitais. Ambientes que existem presencialmente podem ser representados virtualmente para que as pessoas conheçam e treinem nele antes de começar a trabalhar. Isso também funciona para testar processos de forma mais segura, simulando toda a movimentação que deve acontecer na realidade.

“É preciso lembrar que o metaverso é uma fusão de realidade virtual, ou da realidade aumentada, com a internet. Todas essas ferramentas são úteis de diversas maneiras e a integração nada mais é do que um espaço coletivo e virtual que pode servir para um universo de finalidades a partir do uso dinâmico dessas tecnologias”,  comenta Rodolfo Brizoti, Sócio e Head de Criação, Planejamento e Content da agência de live marketing EAÍ?! Content Experience.

O profissional afirma que a pesquisa da Nokia é uma prova importante de como o mercado está avançando, mesmo quando a população em geral não vê os bastidores, já que nem todos os usos são pensados para consumidores finais. Mas as empresas que precisam da tecnologia para operar seus negócios investem cada vez mais no desenvolvimento de soluções sob medida.

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Treinamentos e simulações

No levantamento da Nokia, uma das utilizações mais mencionadas do metaverso está na realidade aumentada em treinamentos e capacitações. Na indústria, headsets e outros equipamentos que permitem visão 360º podem fazer com que o manuseio de peças e processos seja feito de forma totalmente virtual. Por exemplo, um colaborador pode aprender a usar uma máquina de corte de alimentos primeiramente no ambiente simulado.

A simulação, que já é amplamente utilizada na capacitação de pilotos de aviões, por exemplo, ganha ainda mais realidade com a experiência no metaverso. Além disso, a medicina também ganha reforço no ensaio de novos cirurgiões: em lugar dos bonecos rígidos, o metaverso oferece um cenário bem realista com intervenções de emergência e até mesmo a consulta aos diagnósticos digitais, que podem orientar a escolha por um ou outro tratamento para um paciente real.

Já do lado empresarial, há muitas possibilidades de se treinar soft skills de equipes selecionadas criando dinâmicas e experiências diferenciadas. “Os ambientes virtuais oferecem muito mais imersão do que as reuniões online que estamos acostumados atualmente, o que pode ajudar tanto nos treinamentos quanto nas contratações e onboarding das empresas. Um exemplo disso é o escritório virtual, que pode ter vários ambientes e dar uma certa impressão de game que torna o dia a dia mais leve”, aponta Brizoti.

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Serviços personalizados

A EAÍ?! desenvolveu o que pode ser considerado seu próprio metaverso: o ‘Incentiverso®’, um ambiente virtual 3D especialmente concebido para revolucionar campanhas de incentivo, proporcionando uma experiência de imersão e interatividade. Ele pode ser acessado exclusivamente por meio da plataforma Genius, que possui também diversas outras ferramentas para a criação e manutenção de jornadas de engajamento.

A proposta é que toda a gestão e o acesso às atividades das campanhas possam ser feitas diretamente na plataforma. São duas maneiras de fazer parte: os responsáveis pela gestão conseguem realizar as atividades pertinentes no ambiente virtual ‘Campanhas’, que é um centro de inteligência com gerenciador de jornadas e ciência de dados.

Já os participantes das ações, que entram como usuários, possuem um universo para explorar. A interface, de navegação amigável e totalmente interativa, apresenta espaços virtuais como o hub de comunicação batizado de Arena, a Genius Store (catálogo de prêmios), entre outros.

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“A ideia foi construir um ambiente no qual as pessoas pudessem visitar diferentes setores e realizar ações distintas nas atividades. As campanhas têm a virtude de aumentar o engajamento da equipe por meio de um ambiente amigável, divertido e que simula a realidade de maneira intuitiva”, explica Paulo Farnese, CEO e fundador da EAÍ?!.

Realidade híbrida

Já pensou em poder entrar na sua próxima casa antes mesmo de ela estar pronta? Poder fazer alterações estruturais, como janelas para esta ou aquela paisagem, tamanho dos cômodos ou posicionamento dos móveis? Com a evolução da engenharia virtual, será possível visitar o projeto da casa dos sonhos antes mesmo de comprar o terreno. Ou, no campo da arquitetura virtual, mobiliar o imóvel de formas diferentes antes de decidir por um estilo.

“O metaverso pode ser muito útil para todo tipo de testagem, inclusive com a ajuda da inteligência artificial, para descobrir possíveis problemas ou benefícios de determinado produto ou processo”, comenta Farnese.

Inclusive, a simulação de cenários na indústria cinematográfica está cada vez mais sofisticada. Em algum momento, assistir a um filme poderá significar participar dele. E todas essas tendências também podem se desdobrar em mais utilizações e novidades.

O ponto central é o metaverso, mas as visões de cada área e cada empresa não precisam se limitar a uma só tecnologia por vez. “Há muito o que descobrir dentro dos ambientes virtuais e fora deles, seja de maneira integrada ou completamente imersa”, conclui o CEO.

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Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.
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