A rede Ethereum completou sete anos de seu lançamento.
Feliz aniversário
No dia 30 de julho de 2015 foi lançada a rede Ethereum.
Passados sete anos, hoje a rede é a maior desenvolvedora de serviços e tokens em blockchain, e a segunda maior criptomoeda em valor de capitalização.
O Ethereum é uma rede pública de código aberto em primeira camada que permite a criação de contratos inteligentes, criação de protocolos e aplicativos descentralizados, criação de tokens com diversas finalidades, entre tantas outras funcionalidades.
Construído sobre a máquina virtual do Ethereum (EVM), o protocolo emprega a linguagem Solidity em sua programação.
O protocolo foi criado por Vitalik Butterin, que publicou seu White Paper no final de 2013, e teve a participação de co-fundadores como Charles Hoskinson (criador do protocolo Cardano), Gavin Wood (criador do protocolo Polkadot), Amir Chetrit, Anthony Di Iorio, entre outros.
No final de 2014 o protocolo Ethereum seguiu o seu processo de Oferta Inicial de Moedas (ICO), que arrecadou cerca de US$ 18 milhões em bitcoin.
Os fundos foram utilizados no desenvolvimento do protocolo que foi lançado no dia 30 de julho de 2015.
À época o protocolo trouxe à tona conceitos até então pouco conhecidos dentro do ecossistema das blockchains, como os contratos inteligentes, e uma blockchain que apesar de usar o sistema de prova de trabalho (PoW), migraria para o sistema de prova de participação (PoS).
Durante estes sete anos os desenvolvedores da rede trabalharam para lançarem as atualizações que permitiriam a migração do sistema de PoW para PoS.
Este processo, chamado de “Merge”, deu seu passo primordial em dezembro de 2020 com o lançamento da Beacon Chain, a cadeia que hospedará o ETH 2.0.
Mas antes disto a rede passou por várias atualizações, como a Byzantium, Constantinople, pelo Hard Fork Berlim e London (EIP-1559), e implementações de redes de teste, como as testnets Medalla e Spadina.
Durante estes sete anos diversos grandes protocolos do ecossistema criptográfico foram lançados.
Os tokens da Binance e da Tron, por exemplo, foram inicialmente lançados no Ethereum como tokens ERC-20.
Na rede Ethereum surgiram os principais protocolos de Organizações Anônimas Descentralizadas, as DAOs.
Algumas das principais stablecoins do mercado foram criadas na rede Ethereum, como o USDT e o DAI.
Recebeu grandes protocolos de finanças descentralizadas, como o Compound, Curve, Balancer, e UniSwap; além de agregadores de informação como o 1Inch e Link (oráculo); e soluções de segunda camada como o Optimism e o Arbitrum.
Abrigou os principais projetos de colecionáveis em NFTs, como o EtherRock, CryptoPunks, Cryptokitties e os Bored Apes.
Também teve lançados alguns dos principais jogos do mercado de gamefi, como The Sandbox, Axie Infinity, Cryptokitties, Ethermon, e My Crypto Heroes.
E tem até um dos principais protocolos de memecoins do mercado, o Shiba Inu.
Apesar de tudo isso o protocolo passou por um hard fork complicado em 2016, o que criou o Ethereum Classic.
O hard fork foi criado depois de uma discordância da comunidade, após o ataque hacker sofrido pela DAO de alocação de fundos do protocolo.
O hard fork foi usado para recuperar os fundos perdidos, o que tirou um pouco da credibilidade sobre a imutabilidade e descentralização da rede.
Também sofreu com o hype das ICOs em 2017, e os diversos protocolos “scam”, e “rug pulls” aplicados pelos desenvolvedores de protocolos.
Assim como também com o hype do DeFi, e a enxurrada de ataques hackers aos protocolos que ainda assombram o ecossistema de DeFi da rede.
Após sete anos de seu lançamento, a rede Ethereum está prestes a dar um grande passo, que é aguardado desde o seu lançamento.
Após a fusão (Merge) total da rede ETH 1.0 com a rede ETH 2.0, que está programada para o dia 19 de setembro deste ano, a rede se tornará PoS, o que espera que traga mais visibilidade ao protocolo devido à economia de energia e sustentabilidade.
Além disto, espera-se que a rede ganhe maior escalabilidade e reduza as taxas de transação, além de esperar-se que a rede se torne deflacionária com a queima de tokens.
O ecossistema criptográfico mudou de patamar depois da chegada da rede Ethereum, e assim, nesta data, só há o que comemorarmos.