EUA ameaçam restaurar tarifas “recíprocas” se acordos comerciais fracassarem, alerta Bessent

EUA ameaçam restaurar tarifas “recíprocas” se acordos comerciais fracassarem, alerta Bessent
  • EUA ameaçam restaurar tarifas se negociações comerciais fracassarem
  • Empresas americanas temem aumento de custos e incerteza tarifária
  • Trump busca acordos rápidos para evitar retorno de tarifas altas

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, afirmou que o país poderá restaurar tarifas recíprocas mais altas caso os acordos comerciais em negociação não sejam concluídos com sucesso.

Durante entrevista ao programa State of the Union, da CNN, com Jake Tapper, Bessent destacou que o governo já notificou os parceiros comerciais.

Bessent revelou que 18 parceiros comerciais importantes foram avisados sobre a possibilidade de retorno às tarifas elevadas impostas em 2 de abril, caso as negociações não avancem. O secretário, no entanto, não deu um cronograma específico para a aplicação das medidas.

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Estratégia de incerteza para pressionar negociações

O governo dos EUA adotou uma abordagem de “incerteza estratégica” para manter os parceiros comerciais engajados nas tratativas. Segundo Bessent, oferecer previsibilidade excessiva poderia permitir que outros países manipulassem os EUA durante as negociações. Ele garantiu que, ao final do processo, varejistas e trabalhadores americanos estarão em uma situação melhor.

Durante uma mesa redonda empresarial em Abu Dhabi, o presidente Donald Trump reforçou que o tempo está se esgotando para alcançar acordos.

Ele mencionou que, em duas a três semanas, Bessent e o secretário de Comércio, Howard Lutnick, começarão a enviar cartas especificando as tarifas que os países deverão pagar para fazer negócios nos EUA.

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Impacto nas empresas e consumidores

As constantes mudanças nas tarifas têm causado preocupação entre as empresas americanas. O Walmart, por exemplo, informou que os preços podem subir devido ao aumento dos custos de importação. Em resposta, Trump pediu que a rede absorva as tarifas, mas Bessent esclareceu que parte dos custos pode acabar sendo repassada aos consumidores.

Pequenas empresas que dependem de insumos chineses também expressaram preocupação com o aumento de custos e regras pouco claras, o que pode atrapalhar os planos de investimento. Bessent disse que mantém diálogo com os empresários para mitigar os impactos.

Além disso, a agência de classificação Moody’s cortou a nota soberana dos EUA, citando a dívida de US$ 36 trilhões e o impasse político sobre o plano orçamentário da Casa Branca. Bessent minimizou o impacto, afirmando que não dá muita importância à decisão da agência.

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A administração Trump continua pressionando por acordos comerciais favoráveis, utilizando as tarifas como ferramenta de negociação. O prazo de 90 dias, estabelecido após a suspensão temporária das tarifas, termina em julho. Porém, o governo afirma que restaurará as tarifas elevadas se não houver acordo.

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Entusiasta de criptomoedas e tecnologia, comecei minha jornada com consoles no Nintendo 64. Sempre explorando novos gadgets e tecnologias inovadoras. Nos momentos livres, meu maior hobby é jogar futebol.
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