- A exchange de criptomoedas eXch negou lavagem de dinheiro para o Lazarus Group
- ZachXBT e a SlowMist afirmaram que parte dos fundos hackeados foi direcionada à eXch
- Ben Zhou criticou a postura da eXch afirmando que a questão vai além das disputas entre empresas
A exchange de criptomoedas eXch se defendeu publicamente contra acusações de envolvimento na lavagem de dinheiro relacionada ao recente ataque hacker à Bybit. O roubo, considerado o maior da história das criptomoedas, resultou na perda de mais de US$ 1,4 bilhão.
Apesar de especialistas em blockchain apontarem transações suspeitas associadas à plataforma, a eXch afirma que apenas processou uma pequena parcela dos fundos roubados e nega qualquer ligação com o grupo de hackers Lazarus, supostamente ligado ao governo da Coreia do Norte.
Acusações e investigações sobre a eXch
Após o ataque à Bybit em 21 de fevereiro de 2025, analistas de blockchain começaram a rastrear os fundos desviados. Em princípio, os investigadores observaram que as reservas de Ethereum da eXch aumentaram drasticamente, chegando a um crescimento de 900% em apenas 24 horas.
Lazarus has started laundering the $1.4B stolen ETH.
Exch[.]cx, a no-KYC exchange, has recorded an abnormal spike in ETH volume—20K ETH in the past 24 hours versus its usual 800 ETH.
Their Bitcoin reserves are also empty, but their ETH reserves have increased by 900%. pic.twitter.com/WBcbBrqPjR
— vxdb (@vxdb) February 22, 2025
Além disso, especialistas como ZachXBT e a empresa de segurança SlowMist afirmaram que parte dos fundos hackeados teve como destino à eXch antes da conversão para outras criptomoedas, como Bitcoin (BTC) e Monero (XMR).
Mesmo diante dessas evidências, a eXch insiste que o caso se limita a um incidente isolado e afirma que a taxa obtida nessas transações será doada para iniciativas de código aberto voltadas à privacidade e segurança.
No entanto, a plataforma se recusou a bloquear os endereços suspeitos indicados pela Bybit. A alegação é que a própria exchange prejudicou sua reputação ao rotular certos depósitos como “de alto risco” no passado.
Reações do mercado e pressão para ações rigorosas
O caso gerou forte repercussão entre especialistas e empresas do setor. O CEO da Bybit, Ben Zhou, criticou a postura da eXch, afirmando que a questão vai além das disputas entre empresas e que se trata de uma decisão crítica para o combate ao crime cibernético na indústria cripto.
At this point is really not about bybit or any entity, it's about our general approach towards hackers as an industry, really hope that @eXch can reconsider and help us to block funds outflowing from them. We are also getting help from Interpool and international regulatory… https://t.co/wRzN925X9l
— Ben Zhou (@benbybit) February 23, 2025
Ele pediu que a eXch reconsiderasse sua posição e bloqueasse qualquer tentativa de movimentação dos fundos roubados.
Enquanto isso, analistas continuam monitorando os desdobramentos do caso, alertando que plataformas sem processos rigorosos de verificação de identidade (KYC) podem se tornar rotas facilitadoras para atividades ilícitas.
A comunidade cripto agora cobra das exchanges maior transparência e medidas de segurança para evitar que episódios como esse se repitam.