Executivo da Ledger declara que gigante global estuda alocar 10% das reservas em Bitcoin

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  • Ledger prevê alocação bilionária de reservas em Bitcoin
  • Empresas querem segurança com controle descentralizado
  • Tradelink reduz riscos de negociação institucional

A Ledger, referência mundial em segurança digital para ativos cripto, pode estar no centro de uma transformação histórica. Sébastien Badault, vice-presidente da divisão empresarial da companhia, declarou que uma grande empresa da Fortune 500 pode alocar até 10% de sua tesouraria em Bitcoin em 2025. A afirmação reforça o movimento crescente de adoção institucional das criptomoedas.

Durante uma conferência recente, Badault explicou que o interesse por Bitcoin e outros ativos digitais disparou entre corporações. “Elas não querem que uma única pessoa controle os fundos”, destacou o executivo. Esse receio impulsiona a adoção de soluções como assinaturas múltiplas e chaves fragmentadas, pilares da arquitetura da Ledger Enterprise.

Na prática, o sistema da Ledger exige múltiplos aprovadores para validar cada transação. Isso significa que nenhum indivíduo pode mover os ativos sozinho, o que reduz drasticamente o risco de fraudes internas ou erros operacionais. Além disso, o modelo permite que as empresas configurem seus próprios níveis de segurança e governança, respeitando normas internas e exigências regulatórias.

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“A segurança está no nosso DNA”, afirmou Badault. “Mas as empresas exigem também flexibilidade e conformidade.” Segundo ele, a Ledger Enterprise oferece a única solução de autocustódia real do mercado, onde os próprios clientes controlam as chaves e definem os processos.

Reservas em Bitcoin: soluções como staking e trading off-chain ganham força

Imagem: Youtube

A plataforma da Ledger já oferece serviços para criptomoedas como staking integrado com Figment e Kiln, permitindo rendimento com ativos digitais sem abrir mão da segurança. Outro destaque é o Tradelink, uma solução de negociação fora de corretoras que elimina o risco de contraparte — uma demanda direta de clientes institucionais.

De acordo com Badault o interesse em stablecoins, ativos do mundo real e rampas de entrada e saída cresceu substancialmente, moldando o futuro dos serviços da empresa. O onboarding continua altamente personalizado, com equipes técnicas e de conta guiando cada cliente em processos de geração de chaves e fragmentação.

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Além disso, a Ledger atua nos Estados Unidos, Europa e Ásia-Pacífico, além de participar ativamente de discussões regulatórias. Recentemente, a empresa firmou patrocínio com o time de basquete San Antonio Spurs, levando seu nome às camisetas da NBA — uma jogada para conectar o público tradicional ao universo cripto com segurança de nível institucional.

Desse modo, para 2025, Badault não tem dúvidas: “Veremos uma gigante global transferir parte significativa de suas reservas para Bitcoin.” Ele aposta que a Ledger estará pronta para sustentar essa mudança.

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Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.
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