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Fluxos de ETF de Bitcoin são ‘grandes sinais de alerta’, afirma analista

Por Luciano Rodrigues
Imagem: Dall-e

A recente alta nos fluxos de ETF de Bitcoin gerou discussões no mercado financeiro, mas para Jim Bianco, analista da Bianco Research, esses influxos representam mais um sinal de alerta do que um motivo para celebração.

O especialista argumenta que a concentração crescente de Bitcoin nas finanças tradicionais, impulsionada por fundos como o IBIT da BlackRock, não indica um progresso positivo para a criptomoeda. Bianco sugere que essa movimentação pode estar mascarando a falta de “dinheiro novo” no mercado de Bitcoin, o que limita seu potencial de crescimento.

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Para Bianco, a expectativa era de que o preço do Bitcoin atingisse a marca de 100 mil dólares meses atrás, especialmente com catalisadores favoráveis, como a entrada de ETFs e a recente queda nas taxas de juros promovida pelo Federal Reserve em setembro.

Apesar dessas condições otimistas, o Bitcoin não alcançou um novo recorde histórico, mantendo-se abaixo dos valores esperados por analistas e investidores. Na semana passada, o preço do Bitcoin recuou para 67 mil dólares, surpreendendo aqueles que esperavam uma valorização significativa.

ETF de Bitcoin

O analista compara a situação do Bitcoin com a do ouro, que experimentou uma alta impulsionada pela entrada de recursos frescos em ETFs de metais preciosos. No entanto, segundo Bianco, os fluxos de ETFs de Bitcoin não seguem a mesma lógica, pois vêm em sua maioria de exchanges centralizadas ou on-chain, sem representar novas injeções de capital.

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Isso significa que o dinheiro que entra nesses fundos está, em grande parte, sendo transferido de contas de investidores que já estavam expostos ao Bitcoin, como os da Coinbase, para o ETF, ao invés de atrair novos investidores.

Bianco também aponta que as transações no ETF spot de Bitcoin giram em torno de apenas 16 mil dólares, um valor modesto que, segundo ele, reflete a migração de contas existentes para o ETF, sem a entrada de novos recursos. Essa análise preocupa alguns investidores e gera um sentimento de alerta sobre o impacto real dos ETFs na valorização do Bitcoin.

Essa visão, porém, atraiu críticas de entusiastas da criptomoeda. O maximalista de Bitcoin Fred Krueger contesta a posição de Bianco, afirmando que o crescimento acumulado do Bitcoin no ano já chega a 65%, superando amplamente o desempenho do ouro. Krueger defende que, apesar das oscilações, o Bitcoin continua apresentando uma valorização significativa, o que, segundo ele, evidencia a resiliência e a força da criptomoeda no mercado.

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No entanto, Bianco acredita que o Bitcoin precisa de novas injeções de capital para realmente impulsionar seu valor de forma substancial. Para ele, a falta de dinheiro novo nos ETFs é um fator limitador, que mantém o Bitcoin em uma trajetória de crescimento restrita, dependente de recursos já existentes no mercado. O especialista alerta que, se essa dinâmica persistir, o Bitcoin pode enfrentar dificuldades em estabelecer novos recordes, mesmo com o apoio de grandes instituições financeiras.

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Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.
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