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Fraude no mercado de criptomoedas: FBI prende CEOs e apreende US$ 25 milhões

Por Clara Ventura
Foto: Dall-e 3

O FBI lançou uma investigação sem precedentes a fim de desmascarar fraudes no mercado de criptomoedas. O Departamento Federal de Investigação dos EUA criou até um token digital para expor atividades criminosas no setor.

Com isso, o FBI conseguiu acusar três empresas de criptomoedas e 15 indivíduos de fraude massiva e manipulação de mercado. A ação resultou em quatro prisões, cinco acordos de confissão de culpa e a apreensão de mais de US$ 25 milhões em ativos digitais.

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O procurador interino dos Estados Unidos, Joshua Levy, destacou que os acusados participaram de negociações fraudulentas para inflar artificialmente o volume de negociação de diversos tokens. Isso prejudicou investidores inocentes que, no final, ficaram com “a conta na mão”.

Levy classificou o caso como uma mistura de fraude financeira tradicional com o uso de tecnologia moderna. Ele mencionou o esquema de “pump and dump”, prática recorrente nos mercados financeiros.

Empresas envolvidas

As acusações recaem sobre as empresas Gotbit, ZM Quant e CLS Global, além de seus líderes e funcionários. Essas companhias teriam cometido práticas fraudulentas que incluíam manipulações de mercado e “wash trading”. Trata-se de um esquema que realiza operações fictícias a fim de criar a ilusão de demanda e volume no mercado. O FBI, em parceria com promotores federais de Boston, conduziu a investigação que resultou nas acusações.

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Entre as ações mais surpreendentes da investigação, o FBI criou sua própria empresa de criptomoedas. A NexFundAI lançou um token na blockchain Ethereum como parte da estratégia. Três empresas, incluindo ZM Quant e CLS Global, concordaram em manipular esse token. Contudo, o FBI monitorou de perto as atividades para garantir que isso não afetaria investidores de varejo.

Fraude de bilhões de dólares

Um dos casos mais notórios envolve a empresa Saitama. O valor de mercado da empresa atingiu US$ 7,5 bilhões graças à manipulação de tokens promovida por sua liderança. O CEO da empresa, Manpreet Singh Kohli, foi preso no Reino Unido por seu envolvimento no esquema.

Já o CEO da Gotbit, Aleksei Andriunin, foi detido em Portugal, enquanto dois de seus funcionários na Rússia também enfrentam acusações. A Gotbit esteve envolvida em práticas manipulativas desde 2018, prestando serviços fraudulentos a diversos clientes de criptomoedas para aumentar os volumes de negociação de tokens.

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Outras figuras envolvidas no esquema, como Liu Zhou e Riqui Liu, atuavam em operações de “market making” (criação de mercado). O FBI também acusou essas pessoas.

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Clara Ventura é uma jornalista com quatro anos de experiência em cobertura de Bitcoin, criptomoedas, tecnologia blockchain e Web3. Graduada em Jornalismo e com pós-graduação em Jornalismo Digital, Clara combina sua paixão pelo mundo das criptomoedas com habilidades jornalísticas para produzir reportagens relevantes para um público amplo e diversificado.
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