FTX confirma pagamento de US$ 1,9 bilhão a credores em setembro de 2025

Por Carlos Schuabb - Jornalista de Cripto
Celsius distribui US$ 127 milhões em segundo pagamento para credores
Imagem: Dall-e
  • A FTX anunciou planos para começar a distribuir o próximo lote de reivindicações de credores
  • O tribunal de falência de Delaware autorizou uma significativa redução na reserva destinada a créditos contestados
  • Consequentemente, a empresa pôde liberar US$ 1,9 bilhão, recurso que agora servirá para compensar credores com pedidos já aceitos

A FTX obteve aprovação judicial para liberar US$ 1,9 bilhão a seus credores. O pagamento, que marca uma nova fase no processo de falência da empresa, está programado para 30 de setembro de 2025. Desde a derrocada em 2022, esse é um dos passos mais concretos em direção à reestruturação financeira, especialmente após ajustes estratégicos nas reservas legais.

Após decisão judicial, empresa avança com pagamento bilionário

Primeiramente, o tribunal de falência de Delaware autorizou uma significativa redução na reserva destinada a créditos contestados. Dessa forma, o valor total caiu de US$ 6,5 bilhões para US$ 4,3 bilhões. Consequentemente, a empresa pôde liberar US$ 1,9 bilhão, recurso que agora servirá para compensar credores com pedidos já aceitos.

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Além disso, o corte reflete a resolução de diversas disputas judiciais anteriores, o que diminui os riscos do processo de liquidação. Anteriormente, em fevereiro e maio de 2025, a FTX já havia distribuído US$ 6,2 bilhões, mas esta nova rodada representa o maior volume isolado.

Portanto, a nova fase de pagamentos amplia ainda mais a confiança entre os credores e o administrador da massa falida.

Credores devem agir até agosto para garantir recebimento

Para receberem os valores, os credores devem, antes de tudo, atender a três exigências até 15 de agosto de 2025. Em primeiro lugar, precisam ter uma reivindicação aprovada nas categorias 5 (clientes), 6 (credores comuns) ou “convenience claims”. Em segundo lugar, devem concluir o processo de verificação de identidade (KYC), essencial para evitar fraudes.

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Por fim, é necessário fornecer as documentações fiscais solicitadas pela empresa. A distribuição ocorrerá por meio das plataformas BitGo, Kraken e Payoneer, que atuarão como intermediárias confiáveis.

Entretanto, surgiram críticas quanto à base de cálculo dos valores a serem pagos. Apesar de a recuperação dos ativos ser positiva, os pagamentos consideram os preços das criptomoedas em novembro de 2022, quando ocorreu a falência. Como resultado, diversos investidores alegam prejuízo, visto que os valores atuais dos ativos subiram consideravelmente.

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Além disso, credores de países como China, Rússia e Paquistão correm o risco de exclusão nesta rodada. Isso ocorre principalmente por conta de entraves regulatórios e sanções em vigor nessas regiões.

Para Yuri Lindoso, especialista em criptomoedas do canal Investimento sem K.O, existe um movimento para congelar ou reclassificar esses pagamentos. Ele disse:

“É uma questão delicada: Créditos de regiões como China, Rússia e outros 49 países estão sendo controversos. Há um movimento para congelar ou reclassificar esses pagamentos. Até agora, esses valores permanecem em disputa para milhares de credores, é uma terceira chance de recuperar valores mas precisam correr atrás da parte burocrática.”

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Carlos Schuabb, conhecido como Papa no mercado, é redator do Bitnoticias desde julho de 2023, mas ele não começou assim: Iniciando no mercado cripto em 2018, no evento Bitconf, com o tempo se estabeleceu como um entusiasta dedicado, especialmente no que diz respeito ao universo cripto. Ele tem sido uma figura confirmada na organização de todas as edições do BITSAMPA, um evento de prestígio no cenário cripto em São Paulo.
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