Milhões de dólares estão presos ou esquecidos em pelo menos dois grandes contratos de ponte (bridge) DeFi, envolvendo figuras notáveis do setor, como Vitalik Buterin, co-fundador do Ethereum, e grandes entidades como a Coinbase.
Segundo a empresa de inteligência blockchain Arkham, diversas contas têm quantias significativas bloqueadas nessas pontes, com algumas dessas cifras chegando a sete dígitos. ‘Existem dezenas de contas com 6 a 7 dígitos presas em contratos-ponte, esquecidas’, disse em uma postagem de 22 de abril no X.
GM
There are dozens of accounts with 6-7 figures stuck in bridge contracts, forgotten about.
These include prominent DeFi whales and even an account connected with @vitalikbuterin.
If you’re on this list, you may have misplaced a few million dollars.
Don’t worry – it happens. pic.twitter.com/YaLb5pjtzF
— Arkham (@ArkhamIntel) April 22, 2024
Por exemplo, um endereço associado a Buterin tem aproximadamente US$ 1,05 milhão preso há sete meses no contrato de ponte da Optimism.
Detalhes dos ativos bloqueados
Os ativos bloqueados incluem Ether e Bitcoin embrulhado (WBTC), com um caso particular de uma carteira ligada ao Bofur Capital, um credor da falida Celsius, que possui US$ 1,8 milhão em WBTC preso na ponte Arbitrum há 27 meses.
Coinbase
Amount stuck: $75K
Time stuck for: ~6 months
Address: https://t.co/xRbBZ1qE5nSeems like @coinbase tried bridging $75K USDC to ETH – for now it’s still in the Optimism bridge contract, waiting to be claimed on L1. pic.twitter.com/Pt9qCxU8Ot
— Arkham (@ArkhamIntel) April 22, 2024
Além disso, a Coinbase, uma das maiores exchanges de criptomoedas, enfrenta a não reivindicação de US$ 75.000 em USD Coin (USDC) que tentou transferir para o Ethereum através da ponte Optimism há seis meses. Estas situações ilustram as complexidades e riscos associados ao uso de pontes em blockchains.
Segurança e implicações das pontes
As pontes de blockchain são cruciais para as redes modulares como Ethereum, facilitando a comunicação e a transferência de valores entre diferentes camadas e blockchains. No entanto, essas também se tornaram pontos de alta vulnerabilidade para ataques hackers.
O histórico inclui o hack de US$ 650 milhões na ponte Ronin, realizado pelo grupo Lazarus da Coreia do Norte.
Este cenário destaca a necessidade contínua de fortalecer as medidas de segurança nessas infraestruturas críticas para prevenir perdas significativas e manter a confiança no ecossistema de finanças descentralizadas (DeFi).