Golpe de phishing faz vítima perder mais de US$ 3 milhões em segundos com clique único

Por Carlos Schuabb - Jornalista de Cripto
Solana remove campanha publicitária após críticas sobre abordagem de identidade de gênero
Imagem: Dall-e
  • Um investidor perdeu US$ 3 milhões em um golpe de phishing após assinar uma transação maliciosa de blockchain sem verificar o endereço do contrato
  • Especialistas destacam que o usuário provavelmente comparou apenas os primeiros e últimos caracteres do endereço
  • Os invasores usam links enganosos, consultores falsos e golpes românticos para manipular as vítimas e fazê-las autorizar transações fraudulentas

Um investidor perdeu cerca de US$ 3,05 milhões em USDT após clicar em link malicioso que acionou um contrato inteligente fraudulento. O ataque foi identificado pela plataforma Lookonchain, que detectou a transação logo após sua execução. A vítima assinou o contrato sem verificar o endereço completo, permitindo acesso ao saldo total da carteira por golpistas.

Golpe explorou falha humana e uso de função “permit” permitiu drenagem instantânea

Especialistas destacam que o usuário provavelmente comparou apenas os primeiros e últimos caracteres do endereço. A prática comum, porém arriscada, oculta diferenças críticas no meio da cadeia. Em seguida, autorizou uma transação que liberou transferências ilimitadas para contrato malicioso. A ausência de verificação digital resultou em perda completa dos fundos.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Adicionalmente, o mecanismo ‘permit’ permitiu aos criminosos drenar ativos sem múltiplas confirmações. Essa função de tokenização facilita interação, mas abre brecha para aprovação maliciosa. E outro caso recente mostrou vítima perdendo US$ 908.551 após anos com autorização esquecida, o atacante esperou 458 dias antes de agir. Esses ataques ocorrem sem precisar hackear software: loop de engenharia social faz a vítima trabalhar contra si própria.

Crescimento dos ataques exige educação digital e uso de ferramentas preventivas

Em 2024, golpes de phishing em criptomoedas causaram perdas acima de US$ 1 bilhão em pelo menos 296 casos. Isso reforça que engenharia social supera vulnerabilidades técnicas como principal risco para usuários. Como resposta, plataformas como Binance lançaram algoritmos capazes de identificar milhões de endereços falsos ou “poisoned” antes do roubo ocorrer.

Entretanto, a maior responsabilidade ainda recai sobre o usuário. Ferramentas como Revoke.cash, ScamSniffer e Etherscan Address Checker permitem revogar permissões antigas e examinar contratos. Ainda assim, muitos usuários ignoram esses recursos, resultando em perdas evitáveis. A recomendação contínua dos especialistas inclui: sempre revisar contratos antes de autorizar, desconfiar de links via redes sociais e restringir interação com dApps desconhecidos.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Além disso, o uso de hardware wallet e armazenamento offline reduz a exposição automática em ambientes móveis ou de navegação insegura. Esse caso serve como alerta: mesmo iniciar com intenção legítima pode levar a servidão de saldo em minutos.

Compartilhe este artigo
Jornalista de Cripto
Siga:
Carlos Schuabb, conhecido como Papa no mercado, é redator do Bitnoticias desde julho de 2023, mas ele não começou assim: Iniciando no mercado cripto em 2018, no evento Bitconf, com o tempo se estabeleceu como um entusiasta dedicado, especialmente no que diz respeito ao universo cripto. Ele tem sido uma figura confirmada na organização de todas as edições do BITSAMPA, um evento de prestígio no cenário cripto em São Paulo.
Sair da versão mobile