Conforme relatado, ontem (13), pelo The Wall Street Journal, o Google pretende lançar, em parceria com o Banco Citi e uma cooperativa de crédito da Universidade de Stanford, o projeto até então chamado “Cache”, que disponibilizará um serviço de conta corrente aos seus usuários.
O projeto Cache deverá ser lançado em 2020, e segundo Caesar Sengupta,
vice-presidente de pagamentos do Google, a “estratégia é de sermos grandes parceiros de bancos e do sistema financeiro […] Esse pode ser um caminho um pouco mais longo, mas é o mais sustentável”.
Segundo Sengupta, a conta corrente será vinculada ao aplicativo Google Pay, que ajudará o usuário a gerenciar seus bancos e pagamentos digitais.
Além disso, no futuro, o cliente poderá contar com programas de fidelidade incluídos à sua conta corrente.
Com o anúncio do novo projeto do Google, preocupações sobre coleta de dados financeiros dos usuários surgem, tanto que Mark Warner, democrata que integra o painel do Senado que fiscaliza os bancos, ao ser questionado sobre os planos do projeto Cache, afirmou possuir diversas ressalvas as essas ideias.
No entanto, o Google afirmou que não pretende vender dados financeiros de seus usuários obtidos pelo Cache, como já vem sendo feito como o Google Pay.
O projeto Cache é um grande passo do Google para entrar de vez no mercado financeiro, mas a companhia não é a única empresa de tecnologia a adentrar nesse mercado.
Em março, a Apple em parceria com o Banco Goldman Sachs, lançou seu cartão de crédito de bandeira Mastercard, o Apple Card, que conta com benefício de cashback. Em abril, a T-Mobile abriu sua própria conta corrente online, a T-Mobile MONEY. Em junho, o Facebook, anunciou seu projeto de criar uma criptomoeda própria, chamada Libra, porém o
projeto enfrentou duras críticas do Senado americano. E na última terça-feira (12), o Facebook anunciou a introdução do “Facebook Pay”, um serviço de pagamentos que acabará operando em todo o Facebook, bem como no Facebook Messenger, Instagram e WhatsApp.