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Governo anuncia que Leite do nordeste do Brasil será rastreado com blockchain

Por Luciano Rodrigues
Foto: Dall-e 3

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) está investindo no desenvolvimento regional do semiárido do Ceará. O trabalho se dá por meio do Programa Rotas de Integração Nacional, que apoia pequenos produtores e agricultores familiares em quatro regiões do estado (Sertão Central, Centro Sul, Inhamuns e Sertões de Crateús). Integram a iniciativa quatro polos, que fazem parte das Rotas do Cordeiro, do Leite, do Mel e da Fruticultura.

Uma parceria entre o MIDR e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), por meio do Centro de Inovação e Difusão de Tecnologias para o Semiárido (CDITS), vem sendo essencial para o crescimento desses polos e, agora, ganha ainda mais potencial.

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Nesta semana o CDITS inaugurou, na cidade de Boa Viagem (CE), dois laboratórios de inovação, que darão suporte aos polos em áreas como nutrição animal e soluções digitais, que incluem, entre outros, tecnologias voltadas a comércio eletrônico e sistemas de monitoramento.

Além desses dois laboratórios, outros quatro centros de tecnologia também serão instalados futuramente. No total, o MIDR vai investir R$ 3,5 milhões nos seis laboratórios, sendo R$ 2 milhões em obras e R$ 1,5 milhão para a compra de equipamentos.

Entre os projetos que serão realizados pelos laboratórios estão a execução dos sistemas de mapeamento, inscrição e escrituração de uso técnico para atender aos criadores de cordeiro; o projeto Comer Inteligente, que busca prever produção, produtividade e realizar o acompanhamento do desenvolvimento de colônias de abelhas, para os apicultores do Polo do Mel; e o projeto Leite do Futuro, que visa melhorar a qualidade do leite dos produtores locais.

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Leite do Futuro

Lívia Pereira Mota, 18 anos, é estudante de Análise e Desenvolvimento de Sistemas no IFCE e participa do projeto Leite do Futuro. Segundo Lívia, a iniciativa visa mapear as chamadas vacas A2A2, capazes de produzir apenas uma das proteínas do leite, a beta-caseína A2.

O leite produzido por esses animais não desencadeia no organismo desconfortos que provocam a má digestão ou fermentação em indivíduos que têm dificuldade de digerir a beta-caseína A1, produzido pelas vacas comuns.

“Sabemos que, na nossa região, existe esse tipo de leite A2 e que não é valorizado nem notado pela comunidade. O projeto vai ajudar os produtores de forma econômica e social, e ainda contribuir para as pessoas que sofrem de APLV, que é a alergia à proteína do leite de vaca”, observa a estudante.

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Por meio do LABNAS, o projeto prevê disseminar e expandir o mapeamento do leite e também criar um sistema de rastreamento utilizando a ferramenta de rastreabilidade blockchain, para que a comunidade em geral tenha acesso a todo o percurso do leite, do produtor ao consumidor.

“As ferramentas disponibilizadas pelo MIDR, como os laboratórios e os equipamentos, são de extrema importância, tanto para esse projeto como para os demais, já que os mesmos trazem evoluções econômicas e sociais e de grande impacto, não só para a nossa, mas também para as demais regiões do semiárido cearense”, avalia Lívia.

O LABNAS foi construído com recursos de emendas parlamentares, sendo R$ 800 mil em equipamentos e R$ 600 mil para as obras de construção. O MIDR aportou cerca de R$ 100 mil para material de custeio para funcionamento dos laboratórios, na análise de solos e ração para auxiliar os produtores das rotas do Leite, do Cordeiro e da Fruticultura.

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Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.
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