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Governo da Nigéria estaria exigindo US$ 10 bilhões em danos da Binance

Por Clara Ventura
Foto: Dall-e 3

O governo da Nigéria teria solicitado que a exchange de criptomoedas Binance pagasse um mínimo de US$ 10 bilhões em multas por supostamente oferecer seus serviços no país e causar a desvalorização da moeda local, a naira. Em reais, o valor da multa corresponde a mais de R$ 50 bilhões. 

De acordo com uma reportagem da BBC, Bayo Onanuga, assessor especial de informação e estratégia do presidente do país, Bola Tinubu, disse que a Binance lucrou com “transações ilegais” às custas do país.

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Para se ter noção, o valor supostamente pedido pelo governo nigeriano corresponde a mais do que o dobro da multa que a Binance pagou nos Estados Unidos de US$ 4,3 bilhões.

Além da multa, a Nigéria também teria bloqueado o acesso dos cidadãos à Binance e a outras exchanges de criptomoedas. Ainda assim, muitos usuários estão conseguindo driblar o bloqueio e usar as plataformas para negociar ativos digitais.

Atuação da Binance na Nigéria sob investigação

A Binance já está sob investigação na Nigéria, segundo múltiplos relatos.

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“Estou confirmando que o escritório do conselheiro de segurança nacional, como parte de operações em andamento no mercado de câmbio com o CBN e outras agências de aplicação da lei e segurança, está coordenando uma investigação interinstitucional sobre as operações da Binance”, disse Zakari Mijinyawa, chefe de Comunicação Estratégica no Escritório do Conselheiro de Segurança Nacional.

Executivos da Binance também teriam sido detidos pela Nigéria no início desta semana. Eles aguardam julgamento no país. Além disso, diante da forte repressão, a exchange teria removido a moeda da Nigéria, o naira, de seu serviço de transações de criptomoedas pessoa para pessoa (P2P). 

As autoridades da Nigéria solicitaram informações fundamentais sobre as operações relacionadas ao naira nigeriano na Binance. Mas isso resultou em um impasse com os líderes da exchange. Afinal, a revelação de tais informações causaria um impacto na privacidade dos clientes da empresa.

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Clara Ventura é uma jornalista com quatro anos de experiência em cobertura de Bitcoin, criptomoedas, tecnologia blockchain e Web3. Graduada em Jornalismo e com pós-graduação em Jornalismo Digital, Clara combina sua paixão pelo mundo das criptomoedas com habilidades jornalísticas para produzir reportagens relevantes para um público amplo e diversificado.
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