Governo russo bloqueia sites de criptomoedas novamente

Não é a primeira vez que o Serviço Federal russo de Comunicações, Tecnologia da Informação e Mídia bloqueia páginas da web.

Desta vez, sites relacionados às criptomoedas foram bloqueados, mesmo o Governo já tendo uma Legislação flexível a elas, mas que ainda não entrou em vigor.

Um destes domínios, o Bestchange.ru, fornece um serviço de ofertas on line para auxiliar usuários na busca de propostas de câmbio e já havia sido bloqueado em 2017 e em 2019.

Através de sua página do Facebook a empresa informou do bloqueio, lamentando a atitude da entidade governamental sobre a censura.

Caros assinantes, nosso domínio Bestchange.ru foi novamente bloqueado pela Federação Russa. Infelizmente, os promotores regionais continuam a nos processar para bloquear o Bestchange e outros sites por mencionar a criptomoeda bitcoin.

Bestchange.ru

Os responsáveis pelo site informaram que estavam buscando meios para a liberação dos serviços, entretanto que poderia demorar algum tempo.

No bloqueio que sofreram em 2017, os serviços de sua página apenas foram liberados mais de um ano depois.

Já em 2019, após o bloqueio do site Bestchange.com foi a vez de outros sites e revistas que abordavam o tema criptomoedas serem bloqueados.

Neste caso, o Tribunal Distrital de Kuibyshevsky de Omsk alegou que de acordo com uma decisão judicial, informações sobre Bitcoin foram consideradas proibidas, pois contradiziam as leis federais da Constituição russa.

Em junho deste ano os sites bitok.shop, lavka-flowers.ru, cryptorussia.ru, prostocoin.com, cryptowikipedia.ru, bestchange.ru e coinpost.ru receberam notificações de que “distribuíam  informações proibidas na Federação russa”, e que seriam  incluídos no registro de sites bloqueados do Roskomnadzor.

Os sites apelaram à decisão judicial, e mesmo com o processo em trâmite formam novamente notificados sobre o bloqueio dos sites.

O Governo russo já estuda a regulamentação das criptomoedas, e inclusive sancionou uma Lei que entrará em vigor em janeiro de 2021, entretanto, que não permitirá o seu uso como ativo financeiro no país.